Projeto norteador da EMEF São Valentim, em Bento, une cultura e sustentabilidade

A Cultura é o meio pelo qual o ser humano se expressa. Ela abarca uma gama de áreas do ser humano exercidas diariamente. Não é por nada que em sua raiz latina a palavra tem como significado cultivar. O cultivo de saberes e fazeres, de conhecimentos que são passados de geração para geração fixa características próprias e identitárias de uma sociedade, que sempre dialoga com temas emergentes da humanidade.

Atenta às agendas humanitárias e ecológicas, a Secretaria de Educação (SMED) trabalha desde 2021 o olhar para a sustentabilidade, para um amanhã mais ecológico e pleno de atitudes em prol do meio ambiente. Dessa forma, e seguindo esta trilha, a EMEF São Valentim tem como projeto norteador “A Cultura como meio de vida sustentável”.

Atualmente, a EMEF São Valentim de Bento Gonçalves está atendendo turmas do Jardim A e B com turno integral, e de 1 a 5° ano, distribuídos entre manhã e tarde, num total de 85 alunos atendidos. Localizada em Tuiuty, sua identidade local está alicerçada na cultura da Imigração Italiana, “para tanto, existe um monumento ao lado da Capela São Valentim, com uma pedra onde nomes de Imigrantes Italianos estão registrados enquanto fundadores da localidade”, destaca a diretora, Marilei Anderle.

Como se vê, essa jornada tem como ponto de partida a imigração italiana, já que a escola data de 26 de janeiro de 1899, quando iniciou as atividades escolares na residência de Maria Dulcina Viena, então chamada Escola Pública do Caixão. De lá para cá, a escola tinha um caráter itinerante em residências de moradores até a construção do espaço em uma gleba cedida pelas famílias Casagrande e Roman.

Por meio de pesquisas, a diretora relata que cultura e sustentabilidade possuem grande relação “nossos imigrantes aproveitavam e reaproveitavam tudo o que podiam. Por exemplo, as cascas ou restos de legumes, ou frutas, servia de alimento a animais e até de adubo na horta, onde um manejo entre os canteiros que esses resíduos eram soterrados, acontecia. Também reutilizavam as gorduras para fazer sabão, as roupas e calçados eram repassadas de geração em geração, até que não tivessem mais condições de uso. Sem contar que os alimentos eram processados de forma artesanal e cultivados na sua grande maioria pelas próprias famílias”.

Para costurar os temas, a EMEF São Valentim criou um plano pedagógico de ações que conta com coleta de óleo de cozinha usado, compostagem, palestra sobre a “História da comunidade de São Valentim”, visita à Casa Todeschini, visita do grupo de danças italianas “Fá bem balare”, entre outros.

A relação da cultura e sustentabilidade, vem ao encontro com o sentimento de pertença das pessoas que fazem parte da Comunidade Escolar, ao local onde a Escola está inserida, como relata Marilei. “Temos vários alunos que são filhos ou netos, ou até bisnetos de ex-alunos desta Instituição. Eu como diretora hoje, já estudei aqui e meus familiares, inclusive meu avô já falecido, também estudaram aqui. Esse carinho é importante cultivar”.

Assessoria de Comunicação Social Prefeitura

Foto: Divulgação/EMEF São Valentim

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