Indústria gaúcha responde por mais de 65% de sonegação do ICMS

Na última sexta-feira, 2, a Secretaria Estadual da Fazendo apresentou ao Ministério Público (MP) uma nova relação de empresas apontadas por sonegação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).

Ao todo são 91 representações fiscais para recuperar R$ 202 milhões entre o imposto que deixou de ser recolhido, mais multas e juros. Com mais este lote, a Fazenda já apresentou ao MP, desde o ano passado, um total de 701 denúncias-crime, somando R$ 1,325 bilhão em ICMS sonegado.

O setor industrial responde por mais de 65% dos autos de lançamento de sonegação fiscal (R$ 133 milhões), com indícios de cometimento de crimes contra a ordem tributária, apurados pela Receita Estadual em diversas regiões.

Depois da indústria, as empresas atacadistas respondem pelo maior volume de sonegação nos apontamentos dos auditores-fiscais: R$ 39,2 milhões (23%).

Principal irregularidade, a tentativa de criar créditos indevidos de ICMS lidera o volume de sonegação, com R$ 166,5 bilhões em tributos que deixaram de entrar nos cofres públicos. Numa escala bem inferior, em seguida vêm as omissões na emissão da nota fiscal quando da saída de produtos (R$ 21 milhões) e possíveis irregularidades no recolhimento do ICMS na modalidade de substituição tributária (R$ 8,3 bilhões).

Na entrega das representações ao procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, salientou o avanço nas iniciativas da Receita Estadual no combate à sonegação de impostos, muitas delas em parceria com o próprio MP, na repressão às fraudes fiscais. “Além de efetivamente recuperar estes valores, esta ação conjunta tem um caráter pedagógico”, destacou Feltes.

O secretário adjunto da Fazenda, Luiz Antônio Bins, e o subsecretário da Receita Estadual, Mário Luís Wunderlich dos Santos, acompanharam a entrega das representações, assim como o titular da Promotoria Especializada de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Áureo Rogério Gil Braga.

Tabelas da Receita Estadual

1. Ramo de atividade x Valor dos AL’s 

Ramos

Valor Total / R$

Participação Relativa

Indústria

133.236.793,64

65,69%

Atacado

  39.213.951,93

19,33%

Varejo

  28.900.604,78

14,25%

Serviços e Outros

    1.488.015,29

0,73%

 TOTAL

202.839.365,64

100%


2. Ramo de atividade x Quantidade de AL’s
 

Ramos

Quantidade

Participação Relativa

Indústria

56

61,54%

Atacado

9

9,89%

Varejo

21

23,08%

Serviços e Outros

5

5,49%

TOTAL

91

100%

 

3. Tipos de Irregularidades x Valor dos AL’s 

Tipos de Irregularidades

Valor Total/R$

Participação Relativa

Créditos Indevidos

166.544.676,63

82,11%

Omissão de Saídas

  21.338.921,71

10,52%

ICMS Subst. Tributária

    8.360.127,19

4,12%

Outras Irregularidades

     6.595.640,11

3,25%

TOTAL

202.839.365,64

100%

 

4. Tipos de Irregularidades x Quantidade de AL’s 

Tipos de Irregularidades

Quant.

Participação Relativa

Créditos Indevidos

54

59,34%

Omissão de Saídas

25

27,47%

ICMS Subst. Tributária

6

6,59%

Outras Irregularidades

6

6,59%

TOTAL

91

100%

Fonte: Palácio Piratini

error: Conteúdo Protegido