Segundo o delegado da Polícia Federal, Adriano Medeiros do Amaral não foi encontrado nenhum indício de participação das vínicolas na situação da empresa tercerizada responsável pelos trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão
Na manhã desta sexta-feira, 17, a Polícia Federal (PF) realizou uma Coletiva de Imprensa em Caxias do Sul, sobre os desdobramentos da Operação realizada em Bento Gonçalves e em Garibaldi, com o objetivo de cumprir medidas cautelares e apurar provas decorrentes da recente situação que culminou no resgate de mais de 200 trabalhadores em condições inapropriadas em um pavilhão no Bairro Borgo, em Bento. Concederam a coletiva Adriano Medeiros do Amaral – Delegado da Polícia Federal e o Capitão Rodrigo Fausto Mendes – oficial da Corregedoria da Brigada Militar.
Segundo o delegado, não foi encontrado nenhum indício de participação das vínicolas na situação da empresa tercerizada responsável pelos trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão. A Polícia Federal está apurando junto ao Ministério do Trabalho as situações de jornada de trabalho e se havia maus tratos aos profissionais.
A operação também investiga a participação de um policial militar, de 29 anos e ex-atuante do 3° Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (3°BPAT) no referido fato, como chefe de segurança do local onde os trabalhadores eram submetidos as condições impróprias de trabalho.
Em Bento Gonçalves foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em residências de investigados na operação. Um foi cumprido em Garibaldi. Foram apreendidos celulares, computadores e armas, estas que foram encontradas na casa de um dos investigados, armazenadas municiadas e em condições irregulares, apesar de estarem regularizadas em relação ao porte. Também foi apreendido um item de choque em uma residência.
A Operação foi realizada em residências e empresas dos investigados. Na coletiva de imprensa, também foi ressaltada a abertura de inquérito policial para a investigação da participação de um policial militar como sendo o chefe de segurança do local em que os trabalhadores ficaram. Foi apurada a participação de um policial militar no caso, como uma forma de acobertamento da situação. O policial que atuava no 3° Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas, será enquadrado por crime comum e não por crime militar.
Constatou-se ainda que o policial estaria de folga no momento do fato. O brigadiano em questão foi afastado, tendo em vista a suspeita e a gravidade do caso. Foi descartada a participação de outro policial militar neste fato. As investigações seguem em andamento.
A Cooperativa Vinícola Aurora emitiu uma nota de posicionamento. Confira:
A Vinícola Aurora apoia todas as investigações em curso e continua à disposição das autoridades. Paralelamente, atua em diversas frentes para o restabelecimento dos direitos dos colaboradores terceirizados, vinculados à empresa Fênix, bem como na implementação das melhores práticas para gestão de terceiros e fornecedores. À sociedade brasileira, a Aurora reafirma seu compromisso de aperfeiçoar cada vez mais os processos produtivos e mecanismos de fiscalização.
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