Centro de Inovação debateu avanço da inteligência artificial a partir do ChatGPT
Criado para ser um hub de inovação, o InovaBento deu mostras, na prática, de como será um condutor para a transformação dos negócios, a partir do desenvolvimento de um ambiente fértil para a geração de ideias, a criação de networking e a aproximação de tecnologias.
Em seu primeiro evento oficial, o centro de inovação criado pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), pela Movergs e pela prefeitura centrou o debate, nesta terça-feira, nas tecnologias surgidas pela inteligência artificial, tendo como convidado o empreendedor e doutorando na área Ederson Almeida.
Para a presidente do CIC-BG, Marijane Paese, o InovaBento simboliza a conexão de Bento Gonçalves com os novos tempos. “Bento Gonçalves despertou, e estamos dando um primeiro passo para que possamos fazer da inovação algo cada vez mais presente nos nossos negócios”, destacou.
Toda terça-feira, o InovaBento, sediado no 3ª andar do Centro Empresarial de Bento Gonçalves, promoverá encontros para debater pautas importantes para os negócios a partir da inovação. “Queremos criar uma rotina para discutir pautas que podem incomodar, que podem impactar, que podem ser o futuro ou que já poderíamos estar olhando para elas. Os conteúdos serão os mais diversos”, disse a diretora de Projetos do CIC-BG, Fernanda D’Arrigo, comemorando a associação de três empresas ao InovaBento. Renato Bernardi, diretor da Movergs, também saudou o início oficial do projeto. “Bem-vindos a essa nova era, que não é de hoje, mas que a partir de agora passa a ser mais explorada”, reforçou.
Cada vez mais presente no cotidiano, tanto das empresas quanto dos domicílios, a inteligência artificial – algoritmos que emulam nossa inteligência para executar tarefas humanas – está cada vez mais evoluída. A bola da vez é o chatGPT, que alcançou a marca de 100 milhões de usuários em apenas dois meses – o TikTok levou nove para atingir a cifra e o Instagram, 30.
A ferramenta pode ser vista como um aprimoramento de outros assistentes, como a Alexa, por exemplo, uma vez que, além de responder a perguntas, pode resumir e escrever textos. Veja como o próprio sistema respondeu à pergunta sobre o que é o chatGPT. “ChatGPT é um modelo de linguagem de inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI. Ele foi treinado em uma grande quantidade de dados textuais para entender a linguagem natural e gerar respostas coerentes a perguntas e declarações em diversos tópicos. Como um assistente virtual, o ChatGPT pode fornecer informações, esclarecer dúvidas e auxiliar em diversas tarefas”.
O palestrante disse que a chegada do chatGPT é vista por muitos como uma espécie de corrida espacial. “Há quem diga que é um novo Sputnik. Assim como Rússia e Estados Unidos disputavam a chegada à Lua, agora tem uma disputa muito grande para chegar à inteligência artificial ideal”, comparou.
Seu uso está disseminado em várias frentes de trabalho, principalmente em tudo que envolva conversação e criação de conteúdo. Você pode, por exemplo, pedir para o ChatGPT criar um texto para se desculpar do esquecimento do aniversário de alguém. Com ele, é possível responder perguntas frequentes, obter modelos diferentes de e-mail de vendas e até fazer brainstorming para determinada necessidade. E também é indicado que você forneça informações, restrições e exemplos ao solicitar que ele execute um texto, por exemplo. Ele ainda pode te ajudar com matemática, ser uma alternativa ao Google Tradutor e ao próprio buscador Google (embora sem emitir fontes e links) e te ajudar com mensagens quando você não está inspirado.
Debate ético
Nos testes feitos com o ChatGPT, ele superou 80% dos candidatos humanos a uma vaga de trabalho. Também escreveu uma redação do Enem em 50 segundos com uma nota mediana. “Mas se ele é tão bom, por que não conseguiu a nota máxima? Porque ele aprende conosco, e nós somos medianos na maioria. Ele não tem a capacidade de criar algo novo, ele replica, portanto ele replicou o que ele viu. A produtividade dele é inquestionável, mas na criação, essa sim, ainda não vão conseguir tão cedo. Só que o homem chegou à Lua e alguém vai conseguir ”, disse Almeida.
O também empreendedor, pesquisador e programador citou o problema com artigos criados a partir do ChatGPT, gerando um debate ético sobre criação. “Já se estabeleceu que ele não pode nem aparecer como coautor, porque ele não cria nada novo e não tem responsabilidade pelo que criou. Inclusive ele pode mentir”, disse, sobre a ferramenta que tem uma base de conhecimento que vai até setembro de 2021. “Tem mais gente querendo usar a tecnologia para tirar proveito do que para que seu negócio cresça e gere soluções para problemas reais”.
A agenda do Inova Bento segue no dia 14 de março, com a apresentação de um case sobre como a automação e tecnologia podem ajudar a indústria, trazido pela Dalca Brasil, empresa associada, com a Metalúrgica De Toni. A pauta é uma sequência de pequenos conteúdos que abordam tendências, cases da região, novidades e desafios para as empresas. Os trabalhos iniciam às 8h15.
Fonte: Exata Comunicação
Foto: Exata Comunicação, Tiago Garziera
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