Com o adiantamento do 13º salário no bolso no final de novembro, é tradição entre os brasileiros separar parte deste reforço no orçamento familiar para fazer aquela reforma ou melhoria na casa. Separa-se uma verba para pintura de paredes e portões, reforma do telhado, cortinas e até para a compra de um móvel ou eletrodoméstico. Com a chegada do verão e do calor, os aparelhos de ar-condicionado entram na pauta do dia do consumidor. Ou seja, são feitas aquelas melhorias para deixar o imóvel mais confortável e com cara de novo.
Mas um aspecto que pouco chama atenção é a condição das instalações elétricas, por estarem dentro das paredes ou sobre o forro. O mais comum é imaginar que, se a lâmpada acende toda vez é que acionada ou que o eletrodoméstico funciona ao ser ligado à tomada, que a fiação elétrica interna está em boas condições. Porém, a rede elétrica antiga pode provocar fuga de energia elétrica, elevando o valor da conta de luz e o risco de curtos-circuitos e até incêndios.
Quando um imóvel é projetado, o sistema elétrico também é planejado com o mesmo cuidado. Porém, em muitos casos, a fiação elétrica acaba defasada, seja pelo fato de fios e cabos usados terem sido feito com produtos e tecnologias ultrapassadas, seja pelo fato da residência não ter sido planejada para suportar os novos equipamentos da vida moderna, como ar-condicionado, micro-ondas, computadores, celulares, tablets e outros. Ter uma rede antiga, sem estar corretamente dimensionada para o aumento de carga, é sempre um grave risco. Por esse motivo, é muito importante identificar a hora certa de reformar a instalação elétrica de um imóvel.
“A vida útil dos componentes elétricos de uma rede varia de acordo com as condições de uso e de conservação e até com a marca do produto. A melhor maneira de saber como está o estado das instalações elétricas da residência é chamar um profissional especializado, para realizar uma inspeção em todos os pontos. Vale ressaltar que a instalação elétrica de uma residência precisa seguir as normas de segurança estabelecidas pela NBR-5410 da ABNT”, aconselha o gerente de Serviços Comerciais da RGE, João Pedro de Quadros.
As maiores causas de incêndios ocasionados por eletricidade são, em quase 100%, resultados de instalações elétricas antigas, excesso de equipamentos plugados em uma mesma tomada, “gambiarras”, como emendas malfeitas e falta de manutenção.
Aconselha-se que seja realizada inspeção em toda a fiação, no mínimo a cada ano, e executada uma reforma a cada cinco anos. É importante que o consumidor contrate um profissional qualificado para a realização deste trabalho. Por esse motivo, ao receber o 13º salário e pensar em uma reforma, priorize também as instalações elétricas, pois embora a residência já possa ter recebido uma “repaginada” em anos anteriores, certamente a rede elétrica deve carecer da inspeção de um especialista.
Dicas ajudam a proteger sua casa
• Fios descascados, amassados ou com corrosão na capa isolante devem ser imediatamente substituídos;
• Fique atento à temperatura dos fios dos aparelhos. Se eles ficarem muito aquecidos durante o uso, chame um técnico eletricista;
• Não realize ligações de novas tomadas, disjuntores ou faça qualquer adaptação na instalação. Sempre que for necessário, conte com o trabalho de um profissional;
• Nunca ligue um fio diretamente na tomada ou desligue aparelhos puxando-os pelo fio;
• Nunca use ‘benjamins’ para ligar mais de um aparelho na mesma tomada. Ligue apenas um aparelho por tomada;
• As tomadas, disjuntores e aparelhos elétricos devem ficar distantes de pias, torneiras ou de outros locais onde há água. Se isso não for possível, tome cuidado para que os equipamentos não entrem em contato com líquidos;
• Não utilize outros aparelhos elétricos durante o banho, como barbeador;
• Quando ocorre o desarmamento de disjuntores com frequência, ou queima constante de fusíveis, é sinal que a instalação elétrica da sua casa está sobrecarregada. Neste caso, chame um eletricista para verificar a fiação;
• Nunca coloque arames ou moedas no lugar de fusíveis;
• Se for viajar, desligue todos os aparelhos eletrônicos das tomadas;
• Quando for trocar uma lâmpada, desligue disjuntores e a chave geral. Além disso, não toque na parte metálica da lâmpada;
• Evite deixar cortinas ou tapetes sobre os fios elétricos para evitar um incêndio em caso de curto circuito;
• Tire os aparelhos da tomada toda vez que perceber oscilação na energia elétrica de seu imóvel, e chame um técnico eletricista;
• Nunca deixe o carregador do celular ligado na tomada sem o celular. A outra extremidade da tomada pode ocasionar um choque elétrico em qualquer pessoa, inclusive, em crianças, provocando mortes devido à possível parada cardiorrespiratória;
• Choques ao tocar no registro do chuveiro elétrico ou na porta da geladeira são indícios que a rede elétrica está com problemas;
• Caso sinta cheiro de queimado, fumaça ou cabo derretido, chame imediatamente um técnico eletricista;
• O ideal é revisar toda a fiação da sua casa a cada cinco anos como precaução.
Planejamento é fundamental para evitar acidentes
Para evitar riscos de acidentes, no momento da reforma é necessário pensar em todos os detalhes do trabalho. A falta de planejamento e atenção, a ausência do uso de Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo e a falsa ilusão de que nada de mais sério irá acontecer são alguns dos erros fatais que profissionais, a maioria autônomos, cometem quando realizam seus serviços.
Em 2015, segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL), foram registrados 1.249 acidentes envolvendo causas elétricas, sendo 441 com curto-circuito com incêndio (com 33 mortes). A região que mais sofreu com incêndios por curto-circuito em 2015 foi a Sudeste, com 125 casos (nove mortes) seguida por Nordeste com 108 (com 10 falecimentos) e em terceiro lugar ficou o Norte com 81, sendo seis óbitos. Estes números, contudo, podem ser quatro ou cinco vezes maiores, alerta a ABRACOPEL.
O que fazer quando acontecer um curto circuito e princípio de incêndio?
• Primeiro de tudo, desligue a chave geral ou o disjuntor. Nunca jogue água em princípios de incêndio elétrico. A água é um condutor de eletricidade. A pessoa que estiver próximo à fiação pode receber uma grande descarga elétrica, podendo levá-la à morte;
• Ao usar equipamentos contra incêndio de origem elétrica, observe sua classificação e modo de uso (procure o indicado para equipamentos elétricos);
• Avise os bombeiros e, se necessário, contate a distribuidora responsável pelo fornecimento, para solicitar a suspensão de energia do imóvel, por questão de segurança.
Sobre a RGE
A Rio Grande Energia (RGE) é a distribuidora de energia elétrica da região norte-nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. Originada do modelo de concessão pública para distribuição de energia elétrica em 21 de outubro de 1997, a empresa atende 255 municípios gaúchos, o que representa 54% do total de municípios do Estado.
A área de cobertura da RGE divide-se em duas grandes regionais: a Centro, com sede em Passo Fundo, e a Leste, com sede em Caxias do Sul. São 90.718 km² – 34% do território do Estado. Agrupadas, essas regiões apresentam um dos melhores índices sociais e econômicos do Brasil e também são as responsáveis pelo maior polo agrícola, pecuário, industrial e turístico do estado.
A RGE se orienta pela Gestão de Qualidade Total para atingir, cada vez mais, altos níveis de eficiência para seus consumidores sendo parceira dos municípios gaúchos no desenvolvimento econômico do RS dentro de sua área de concessão. Desde 2006 a RGE passou a fazer parte integralmente do grupo CPFL Energia, o maior grupo privado do setor elétrico brasileiro.
Fonte: RGE
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