Idosa desaparecida há 44 anos é localizada viva pela Polícia Civil em Garibaldi

Na tarde desta terça-feira, dia 31 de 1-01-2023, Policiais Civis da DP de Garibaldi, com acompanhamento de Psicóloga e Assistente Social do CREAS, em atendimento de informação anônima recebida, deslocaram-se até um hotel, no centro da cidade, para averiguar notícia sobre a existência de uma mulher em situação de maus-tratos, e que estaria em um quarto de pequenas dimensões, sem luz, banheiro e exposta a condições degradantes de vida, junto ao pátio de estacionamento do hotel.
Já no local foi encontrada uma idosa , com sinais de aparente alienação mental, que referiu estar naquele local há aproximadamente 10 anos, e que referiu ter sido funcionária do hotel por muitos anos.
O fato gerou um registro de ocorrência, quando descobriu-se que a idosa E.S.D.S., de 73 anos de idade, estava desaparecida desde 1979, sendo o fato registrado por familiares no ano de 2021, a partir de solicitação do IGP, visto que o material genético da irmã da desaparecida já havia sido coletado.
Ouvidos informalmente sobre o fato, responsáveis pelo hotel, informaram que a mesma, tempos antes, trabalhou em outro hotel da cidade, e que, veio para o atual hotel, onde trabalhou de 1990 a 2000 como servente e atualmente morava no quarto em que foi encontrada, eis que antes ocupava outro quarto do hotel.
Sobre as condições em que essa idosa vivia, disseram que a mesma não gostava muito da aproximação de pessoas em seu quarto e que a mesma tinha liberdade para sua locomoção.
Após incessante trabalho, foram localizados familiares da idosa em Cachoeirinha, os quais vieram a Garibaldi, local em que foi promovido o reencontro da família, sendo a mesma trazida da Casa de Passagem, onde foi alojada provisoriamente, até a Delegacia de Polícia de Garibaldi, sendo também submetida a exames médicos e retornando para Cachoeirinha, com sua irmã e dois sobrinhos.
Outro fato a ser destacado é o serviço que o IGP desenvolve através de um banco de dados, sobre pessoas desaparecidas, e ao mesmo tempo coleta de material genético para eventualmente ser utilizado em um exame de confronto, quando uma pessoa desaparecida é encontrada viva ou não.
O Delegado Clóvis Rodrigues de Souza, titular da DP de Garibaldi, referiu que após 44 anos de atividade policial, foi a primeira vez que fato dessa natureza ocorreu com ele.
O mesmo referiu ainda que as famílias que tem um de seus membros desaparecidos nunca percam as esperanças de um possível reencontro.
O delegado destacou também o reconhecimento ao trabalho de acompanhamento da Secretaria de Saúde e Assistência Social, através dos profissionais do CREAS, Psicóloga e Assistente Social, as quais por suas experiências, foram fundamentais para o melhor encaminhamento do caso apresentado.
Fonte: Polícia Civil de Garibaldi
Foto: Reprodução
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