Mais de 300 agricultores do vale do caí participam de treinamento sobre o greening

Novas capacitações da cadeia produtiva da citricultura sobre o greening, doença que causa danos aos pomares de citros, devem ocorrer a partir de fevereiro na região do Alto Uruguai. O primeiro treinamento ocorreu no início deste mês no Vale do Caí, organizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). O greening está ausente no estado do Rio Grande do Sul, mas já houve registros no estado vizinho de Santa Catarina.

No Vale do Caí, a capacitação reuniu 334 citricultores de oito municípios, entre os dias cinco e nove de dezembro. O evento contou com a participação de citricultores, agentes ligados à produção de citros,  autoridades como prefeitos e vice-prefeitos, secretários da agricultura, vereadores, deputados, assessores parlamentares, Fetag, Emater, Sicredi e Banco do Brasil. O objetivo do treinamento foi levar informações sobre a doença através da prevenção, visto que não há até o momento tratamentos curativos para o greening.

“Nós tivemos um público muito expressivo e o resultado foi bastante positivo”, destaca Alonso Duarte de Andrade, fiscal estadual agropecuário da Secretaria da Agricultura, que ministrou os treinamentos. Segundo ele, nos encontros os produtores tiraram dúvidas, entenderam melhor os sintomas e como identificar a doença. “Isto garante que a defesa agropecuária possa agir de forma mais eficiente e rápida, se necessário”, ressaltou Alonso.

Entre os temas abordados estão o histórico do greening no Brasil e no mundo, identificação da doença, prejuízos sociais e econômicos, prevenção à introdução da doença no Rio Grande do Sul, ações da Seapdr para evitar introdução da doença, plano de exclusão e contingência e orientações em casos de suspeita da doença nos pomares e viveiros.

Uma nova capacitação está prevista para a região do Alto Uruguai no próximo ano, ainda sem data definida. “Nós devemos ter mais capacitações no início do próximo ano na região de Erechim e em Frederico Westphalen. É muito importante levar este conhecimento para os produtores de citros, porque são eles que estão nos pomares todos os dias e que podem dar o primeiro alerta, caso haja alguma suspeita”, afirma Rita Grasselli, chefe de divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.

A doença

A doença é uma das mais graves e destrutivas que afetam a cultura dos citros. Causada por espécies da fitobactéria Candidatus Liberibacter spp., está presente no Brasil nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Entre os efeitos, a diminuição da produtividade e longevidade dos pomares, acarretando a inviabilização da produtividade e abandono da área de cultivo.

Municípios participantes no Vale do Caí: Pareci Novo, São José do Sul, Salvador do Sul, Harmonia, São Sebastião do Caí, Tupandi, Bom Princípio e Montenegro

Assessoria de Comunicação Social

Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

PG

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