No domingo, 27 de novembro, no Santuário Santo Antônio, onde padre Tomé celebrou sua primeira Missa solene, aconteceu a Missa de abertura; o jubileu centenário segue até o dia 26 de novembro de 2023, em sintonia com o Ano Vocacional do Brasil
O recém-aberto Ano Vocacional do Brasil, que segue até 26 de novembro de 2023, com o tema: “Vocação: graça e missão” e o lema: “Corações ardentes, pés a caminho”, que retrata a narrativa dos Discípulos de Emaús, teve sua primeira ação na Região Pastoral de Bento Gonçalves. No domingo, 27 de novembro, foi celebrada a Missa de abertura do do Centenário Sacerdotal da ordenação do padre Tomé Lunelli, o primeiro nascido no município. A celebração aconteceu no Santuário Santo Antônio, em Bento, com o lançamento do selo das comemorações dos 100 anos.
Em 11 de novembro de 1923, em São Leopoldo, foi ordenado sacerdote o padre Tomé Lunelli, natural da capela de São Valentim de Bento Gonçalves, hoje atendida pela Paróquia São Roque. Ele celebrou sua primeira Missa solene na Igreja Matriz, hoje Santuário Diocesano de Santo Antônio de Bento Gonçalves, em 15 de novembro de 1923. Padre Tomé atuou como sacerdote diocesano da Arquidiocese de Pelotas.
Um quadro com a foto do padre Tomé Lunelli foi levado ao presbitério, isto é, ao altar do Santuário Santo Antônio durante a procissão de entrada da Missa, que foi presidida pelo coordenador da Região Pastoral de Bento Gonçalves e do Grupo Vocacional, padre Miguel Mosena. Em sua homilia, ele salientou a importância do Centenário Sacerdotal para resgatar a importância de rezar e valorizar as vocações, em sintonia o projeto diocesano para o Ano Vocacional do Brasil. “Que este centenário possa nos ajudar a permanecer sóbrios e vigilantes o tempo todo, como nos recorda a liturgia do I Domingo do Advento. Que não estejamos vigilantes somente na Casa do Senhor, mas quando a gente sai dela, com o Senhor que habita nela, e aí estamos na família, nas escolas, nas comunidades, nas empresas, no poder público, e em tantos lugares. Irmão e irmã, o Senhor habita onde tu estás, porque a vocação é um chamado de Deus e uma resposta que deste no teu Batismo. É tarefa nossa, enquanto Igreja, ajudar as pessoas a perceberem que o Senhor habita em seus corações. O Senhor habita esta cidade”, salientou
Ao final da Missa, o pároco da Paróquia Santo Antônio, padre Volmir Comparin, que iniciou as pesquisas sobre o centenário, recordou a história de padre Tomé Lunelli. A partir de trechos do jornal Il Corriere d’Italia, publicado a partir da iniciativa do pároco de Bento Gonçalves, o italiano Henrique Domingos Poggi. Nas edições de número 45 e 46, do informativo semanário, publicadas em 09 de novembro e 16 de novembro, estão noticiados o convite para a primeira Missa solene, de Lunelli, no dia 15 de novembro, às 10h, na Matriz de Bento Gonçalves e, posteriormente, os relatos da programação festiva de acolhida do novo padre, descrito como “pio e virtuoso sacerdote”, de palavras simples e claras. Além de presidir a Eucaristia na igreja Santo Antônio, também o fez em sua comunidade de São Valentim, no dia 16 de novembro de 1923. Após permanecer dois meses em Bento, sua terra natal, em janeiro de 1924, partiu para Canguçu, no território da Arquidiocese de Pelotas, onde exerceu seu ministério.
O diácono Cristian Fabiani, natural de Bento Gonçalves, e recém ordenado, em 13 de novembro, também participou da celebração. Em 2023, acontecerá sua Ordenação Sacerdotal, na Paróquia Cristo Rei. Ele será o 69º padre que a cidade dará à Igreja, sendo eles diocesanos e religiosos.
Ainda, segundo o padre Miguel Mosena, estão sendo programados momentos de oração para toda a comunidade, como vigílias de oração pelas vocações, pelos pais, pelas mães, pela vida religiosa, além de intensificar as atividades do Grupo Vocacional na cidade, que hoje conta com seis jovens. Em 2023, será feito um levantamento numérico dos padres naturais de Bento Gonçalves, a organização de materiais com testemunhos dos sacerdotes ainda vivos.
Lançamento do Selo Comemorativo
Para o centenário, foi criado um selo comemorativo pelo jovem Jonathas Argile da Agência Argile, de Bento. A peça, apresentada durante a Missa, traz uma união entre o passado e o presente que relembram a importância e a seriedade da vocação sacerdotal para os nossos dias e para os tempos futuros, conforme o conceito descrito abaixo:
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