As exportações da indústria de transformação no Rio Grande do Sul totalizaram US$ 1,4 bilhão em julho, representando crescimento de 6,1% ante o mesmo mês de 2021, quando somaram US$ 1,3 bilhão. No mesmo período, o Brasil aumentou suas vendas no setor em 23,6% (+US$ 3,1 bilhões), totalizando US$ 16,1 bilhões. Já no acumulado do ano até julho, essas exportações do RS obtiveram desempenho idêntico às brasileiras. Ambas subiram em torno de 29%: enquanto o País acumulou US$ 102,1 bilhões nos primeiros sete meses de 2022, no Estado as vendas foram de US$ 9,7 bilhões. Com estes resultados, as exportações da indústria no RS já superam o nível de 2019, anterior ao da pandemia, em 33,4%. “Alguns importantes setores exportadores gaúchos voltaram a crescer consideravelmente suas vendas no último mês, inclusive para países que não estão entre nossos principais compradores”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry.
Levando em conta as variações setoriais de julho sobre o mesmo mês de 2021, entre os 23 segmentos exportadores da indústria gaúcha, 14 assinalaram desempenho positivo. Destacam-se Alimentos, com US$ 84,9 milhões a mais nessa base de comparação, um avanço de 18,6%. O resultado positivo se deveu, principalmente, pelos incrementos nas vendas de Óleo de soja (+US$ 81,3 milhões, devido à alta demanda do Irã, Índia e China) e Carne de frango in natura, mais US$ 28,6 milhões, em decorrência das vendas para Arábia Saudita, Emirados Árabes e Japão.
Na segunda colocação, o setor de Veículos automotores apresentou crescimento de 98,4% em relação a julho do ano passado (incremento de US$ 51,1 milhões). Entre os principais destinos destacam-se Colômbia, mais US$ 19,4 milhões; Argentina, US$ 15,3 milhões; Costa do Marfim, mais US$ 7,1 milhões; Uruguai, elevação de US$ 3,9 milhões; e Chile, aumento de US$ 2 milhões. Esses países juntos, somaram 46,2% das demandas por Veículos no mês.
Outros setores com desempenho positivo em julho foram Máquinas e equipamentos, com incremento de US$ 21,1 milhões; Coques e derivados de petróleo, mais US$ 19 milhões, e Couro e calçados, US$ 11,7 milhões. Entre os resultados negativos estão as compras do setor de Celulose e papel (-US$ 83,1 milhões), Químicos (-US$ 25,9 milhões) e Produtos de metal (-US$ 10,3 milhões).
Nos principais destinos das vendas totais em julho, as compras do Irã foram as que mais avançaram, acrescentando US$ 40 milhões na economia gaúcha. As exportações de Óleo de soja (+US$ 38,7 milhões) justificam o aumento das vendas para esse país. As compras da Argentina também se elevaram no período, em porcentagem igual a 40% (+US$ 34,6 milhões), principalmente pela demanda de Automóveis (+US$ 8 milhões). Ainda é possível destacar os bons números do mês das compras do Reino Unido (+US$ 27,8 milhões), Arábia Saudita (+US$ 26,7 milhões) e França (+US$ 26,7 milhões). Os resultados das exportações gaúchas só não foram melhores devido à queda acentuada nas demandas de 5% dos Estados Unidos e de 40% da China, países que representaram 36,9% da pauta exportadora gaúcha no mês de julho.
IMPORTAÇÕES – Pelo lado das importações, o Estado adquiriu no mês passado US$ 1,5 bilhão em mercadorias, configurando uma demanda 37,6% maior comparada ao mesmo mês de 2021. Ressaltaram-se as compras de Bens intermediários (+US$ 440 milhões) e Bens de consumo (+US$ 13,5 milhões). No acumulado de 2022, o RS importou US$ 7,9 bilhões, valor 35,1% superior a igual período de 2021, especialmente Bens intermediários (+US$ 1,6 bilhão) e Combustíveis e lubrificantes (+US$ 391,6 milhões).
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