Multinacional americana apresenta em Bento Gonçalves tecnologia inovadora para asfaltamento em dias frios

A previsão dos meteorologistas para agosto no Sul do Brasil é de um mês com típica cara de inverno e com vários dias com temperaturas podendo chegar próximo de 0ºC, inclusive já neste próximo fim de semana (05 e 06/08), principalmente na região da Serra Gaúcha. De acordo com a previsão do tempo, este mês terá três ondas de frio intenso no Sul do Brasil com grande possibilidade de geada, inclusive. Se por um lado o frio aquece setores como o turismo, por outro pode atrapalhar obras públicas como o recapeamento de estradas, ruas e avenidas.

Isso ocorre pois o asfalto normalmente aplicado nas vias, em geral misturas a quente conhecidas como CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente), trabalham com temperaturas de produção acima dos 165°C. Desse modo, operar e aplicar o asfalto em dias muito frios, como o que está previsto, fica tecnicamente inviável. Mas uma solução conhecida como ‘asfalto morno’ promete resolver esse problema, além de oferecer redução de custos, corte nas emissões de gases poluentes e aumento da durabilidade do pavimento.

A tecnologia, largamente utilizada justamente em regiões com frio extremo como nos Estados Unidos e Europa, será uma das principais atrações do 24º Encontro Nacional de Conservação Rodoviária, que acontece simultaneamente com a 47ª Reunião Anual de Pavimentação em Bento Gonçalves (RS), de 09 a 12 de agosto.

A alternativa morna para asfaltamento será o destaque da multinacional americana Ingevity, principal produtora mundial da tecnologia que viabiliza o asfalto morno e proporciona redução de mais de 30% no consumo de combustível na usina de asfalto, redução de 15% nas emissões que causam o efeito estufa e aumento de 20% na durabilidade da pavimentação.

Conhecido em outras partes do mundo como ‘warm mix asphalt’, o asfalto morno vem sendo utilizado no Brasil desde 2015, mas o uso dessa tecnologia cresceu a partir de 2021 com a adoção para vias urbanas em Porto Alegre e Curitiba, e em estradas de Santa Catarina e São Paulo. A capital gaúcha foi a primeira grande cidade brasileira a apostar no produto. Enquanto nos EUA e Europa a tecnologia já responde por quase metade de todo o asfalto produzido, no Brasil o percentual de asfalto morno está pouco acima de 2% de todo o asfaltamento no país.

Evotherm

Em seu stand no evento, que espera receber centenas de participantes de todo o Brasil, a Ingevity vai priorizar a tecnologia e seus benefícios. O produto utilizado na produção do asfalto morno é o Evotherm, líder mundial desenvolvido pela Ingevity e que pode ser utilizado com asfalto reciclado (material fresado).

Em 2021, com o objetivo de reduzir custos e impactos ambientais gerados por obras rodoviárias no País, o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) definiu procedimentos que vêm impulsionando a utilização do asfalto morno no Brasil. Segundo o gerente de negócios da Ingevity no Brasil, Hernando Macedo Faria, o Evotherm e o asfalto morno são soluções ideais para uso juntamente com o chamado material fresado, extraído de pavimentos antigos:

“A nova especificação do DNIT estabelece a sistemática a ser empregada na execução de camada do pavimento por meio da produção de mistura asfáltica reciclada, utilizando material de pavimento asfáltico fresado ou removido do pavimento (RAP). As temperaturas indicadas para a produção são baixas, o que torna a tecnologia do asfalto morno ideal para viabilizar a reutilização de asfalto fresado,” explica Faria.

Promovido pela Associação Brasileira dos Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem (ABDER) e Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv), o 24º Enacor – 47ª RAPv ocorre de 9 a 12 de Agosto, em Bento Gonçalves, na Serra gaúcha.

SOBRE A INGEVITY

Empresa líder mundial em química do asfalto, a Ingevity fornece produtos e tecnologias que incluem especialidades químicas e polímeros de engenharia, além de materiais de carvão ativado de alto desempenho. Os produtos são usados em uma variedade de aplicações, incluindo pavimentação de vias, exploração e produção de petróleo, agroquímicos, adesivos, lubrificantes, tintas, revestimentos, elastômeros, bioplásticos e componentes automotivos que reduzem as emissões de vapor de gasolina. No segundo trimestre de 2021, a Ingevity registrou vendas liquidas globais de US$ 358,4 milhões, aumento de 32,4% sobre o mesmo período no ano anterior. Com sede em North Charleston, Carolina do Sul (EUA), a empresa opera fabricas nos Estados Unidos e na China e emprega mais de 1800 pessoas em 25 localidades ao redor do mundo, entre as quais o Brasil, com escritórios em Campinas (SP). Ações da Ingevity são negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE:NGVT).

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