Gasolina e diesel sobem nas bombas um mês após Petrobras reduzir preços

Os preços médios da gasolina vendida nos postos do Brasil tiveram uma alta de 0,74% em um mês, desde que a Petrobras colocou em prática sua nova política de cotações nas refinarias, apesar de a estatal ter reduzido os valores do combustível em duas oportunidades neste período.

No caso do diesel, o preço subiu 0,1% no mesmo período, segundo levantamento do órgão regulador (ANP), mesmo diante de reduções ainda mais expressivas nas cotações do produto nas refinarias da Petrobras.

A Petrobras anunciou em 14 de outubro sua nova política de preços de combustíveis, atendendo a uma reivindicação de mais transparência de investidores, e apontou parâmetros que serão levados em conta nas avaliações da companhia, que poderá considerar um eventual ajuste de preços pelo menos uma vez por mês.

Simultaneamente, no mês passado a Petrobras anunciou uma redução de 3,2 por cento no preço da gasolina e de 2,7 por cento no do diesel.

E na semana passada a estatal novamente reduziu as cotações dos produtos nas refinaria, em 3,1 por cento para a gasolina e 10,4 por cento para o diesel, lutando contra uma perda de participação de mercado para players que têm trabalhado com o produto importado.

A Petrobras tem destacado que o impacto do reajuste no preço final ao consumidor depende de decisões de postos de combustíveis e distribuidoras.

No primeiro ajuste, se tudo fosse repassado ao valor da bomba, o preço deveria cair 0,05 real por litro para os dois combustíveis, segundo a Petrobras.

No segundo ajuste, haveria o mesmo potencial de queda para o preço da gasolina na bomba, e de 0,20 real por litro para o diesel, se a queda na refinaria fosse repassada, afirmou a estatal.

Considerando que os ajustes não têm chegado às bombas, parte da redução tem ficado pelo caminho, sendo apropriada por agentes como distribuidores e revendedores. Distribuidores de combustível, por outro lado, têm reclamado que os preços mais altos do biodiesel e do etanol anidro, que são misturados ao diesel e à gasolina, respectivamente, estariam interferindo nos repasses para o consumidor final.

 

Fonte: Reuters

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