UCS estimula o desenvolvimento de terapias celulares avançadas na Região

Em palestra na Reunião Almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, o vice-reitor Asdrubal Falavigna anunciou que a Instituição vai inaugurar um Centro de Coleta de Células-Tronco no próximo mês

O vice-reitor da Universidade de Caxias do Sul, professor doutor em Neurociências Asdrubal Falavigna, palestrou na Reunião Almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul – CIC Caxias nesta segunda-feira, 13 de junho. O evento teve como tema as Terapias Regenerativas e Longevidade: a Inovação em Saúde com o uso de Células-Tronco.

No último ano, a UCS firmou um acordo para abrigar um Centro de Coletas de Células-Tronco em parceria com a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM) e o Centro de Processamento Celular (R.CRIO). Durante o encontro na CIC, o professor divulgou que este espaço será inaugurado no dia 4 de julho, com o objetivo de ser o propulsor de armazenamento e coleta de células-tronco da Região. A ideia é propor protocolos acessíveis, factíveis, capacitação, tecnologia, espaço físico e estimular a discussão do tema entre estudantes, professores, pesquisadores, colaboradores e parceiros externos.

Confira o registro da primeira coleta de células-tronco realizada na UCS, a partir da parceria estabelecida, com o ex-reitor da UCS, professor Evaldo Antonio Kuiava. 

Células-tronco na UCS e no mundo

Ao longo do tempo, as células apresentam naturalmente perdas de suas funções. Isso pode acontecer pelo envelhecimento, que é chamado de senescência pela academia, ou por doenças, também conhecido como senilidade. É nesse sentido que os estudos com células-tronco ganham protagonismo, já que possibilitam tratar e reconstruir tecidos e órgãos. “Estamos em um momento tecnológico e de inovação em que estas células podem ser retiradas e armazenadas para, quando necessárias, ser utilizadas na promoção do diagnóstico, testagem de drogas ou para ser realizado um tratamento efetivo, preciso e personalizado de doenças futuras”, contextualiza Falavigna.

Segundo o neurocirurgião, na UCS, as seis áreas do conhecimento trabalham em conjunto para solucionar essa mesma questão, que “tem que ser resolvida com uma ação integral, complexa e compartilhada”, afirma. O vice-reitor complementa que na Universidade, essa mobilização fundamenta-se em pilares como integridade, capacitação, ensino, pesquisa, inovação, tecnologia de ponta, colaboradores internacionais, experiência, empatia, devoção ao próximo, totalidade de ideias e conhecimento.

No cenário internacional, diversos Centros trabalham para melhorar a qualidade de vida. De acordo com ele, os Estados Unidos lideram os estudos clínicos sobre o tema e, embora a participação do Brasil seja menor, há espaço para impulsionar a representação nacional. Com isso, se abre um caminho para que, no futuro, a UCS possa desenvolver pesquisas associando o grafeno à terapia celular. “A proposta de uma vida longa e de qualidade tem um eixo principal que nada mais é do que a renovação celular”, concluiu.

Fotos: Julio Soares/Objetiva

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