Diante das primeiras flexibilizações quanto a obrigatoriedade do uso de máscaras em um cenário de desaceleração da pandemia de Covid-19 em Estados e Municípios, a SBI – Sociedade Brasileira de Infectologia – emitiu uma nota oficial sobre o assunto.
No entendimento da entidade, “uma flexibilização indiscriminada pode ampliar os riscos à população, ainda mais à parcela não vacinada ou com esquema incompleto e principalmente os imunocomprometidos.”
Leia abaixo a nota completa:
Boletim 010/2022: CEM COVID_AMB
Sobre o uso de máscaras no atual momento da pandemia
O Comitê Extraordinário de Monitoramento COVID-19 da Associação Médica Brasileira, CEM COVID_AMB, vem a público compartilhar com os cidadãos o parecer das sociedades de especialidades que o integram – https://amb.org.br/cem-covid/cem covid/ sobre a uso de máscaras no atual momento da pandemia.
- No presente momento vivemos um período de queda da média nacional de casos e de óbitos;
- A circulação do vírus se mostra menor atualmente.
Entretanto, a despeito desse cenário melhor comparado a outros que já vivemos, o CEM COVID_AMB compreende que temos um país de proporções gigantescas e com coberturas vacinais regionais muito díspares e, portanto, precisamos ter cautela quanto à questão do uso opcional de máscaras na prevenção de infecções respiratórias. Com eventuais exceções, a prevenção, de forma geral, incluindo o uso de máscaras, deve ser mantida, com atenção particular aos locais fechados.
É importante para que a tomada de decisões nesse sentido seja feita com segurança e que cada Estado ou Município avalie os seus indicadores epidemiológicos e a sua cobertura vacinal.
Aos cidadãos, reforçamos que, além do uso de máscara, é imperioso evitar aglomerações e levar sempre a sério as regras de higienização das mãos, entre outras.
Uma flexibilização indiscriminada pode ampliar os riscos à população, ainda mais à parcela não vacinada ou com esquema incompleto e principalmente os imunocomprometidos.
Relevante chamar atenção para a vacinação infantil, que lamentavelmente permanece com baixa cobertura em algumas regiões. É mister que todos os pais se conscientizem de que o momento requer responsabilidade máxima: imunizar os filhos é gesto de proteção à vida.
São Paulo, 10 de março de 2022.
Sobre o CEM COVID_AMB
A Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedades de Especialidade Médica diretamente relacionadas a assistência de pacientes acometidos pelo vírus SARS-Cov2 criaram o Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19, CEM COVID_AMB aos 15 de março de 2021.
O CEM COVID_AMB monitora permanentemente a pandemia em todo o território nacional e as ações dos órgãos responsáveis pela saúde pública, com o intuito de consolidar informações e, a partir de retratos atualizados, transmitir orientações periódicas de conduta para cuidados e prevenção aos cidadãos e aos profissionais da Medicina.
Iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira com as Especialidades, o CEM também tem apoio de associações estaduais federadas e de Regionais das Sociedades Médicas. Em seu primeiro boletim, trouxe mensagem que leva à reflexão por se manter absolutamente atual.
“Nós, os médicos, estaremos sempre disponíveis para ajudar; e ajudaremos. Mas não trazemos a solução; hoje não a temos. A solução para a Covid não está nas mãos de mais de meio milhão de médicos do Brasil. Será resultado das atitudes responsáveis e solidárias de cada um dos cidadãos do País e das autoridades públicas responsáveis por implantar as medidas efetivas que se fazem necessárias para mitigar a enorme dor e sofrimento da população brasileira.”
A composição de membros do Comitê está em https://amb.org.br/cem-covid/cem-covid e assim como os demais conteúdos do CEM COVID_AMB, passam por atualização permanente.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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