Imunização adicional deve ser aplicada quatro meses depois da última dose do esquema vacinal primário

Entenda a vacinação de imunossuprimidos contra a Covid-19 no Brasil

O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) foi pensado observando as especificidades de cada faixa etária e grupo populacional. Por isso, aqueles que têm a saúde fragilizada por terem realizado procedimentos delicados, como transplantes de órgãos, por exemplo, ou os que vivem com HIV, têm o calendário de imunização priorizado. Essas pessoas, relacionadas no grupo dos imunossuprimidos, recebem a chamada dose adicional.

Os que têm doenças inflamatórias imunomediadas em atividade, em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias, assim como pacientes com câncer que fizeram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses, também fazem parte do grupo prioritário.

Como a dose adicional é administrada:
O esquema recomendado para o imunizante adicional é de três doses, com oito semanas de intervalos entre elas. O intervalo mínimo aceito entre as doses é de quatro semanas.

O registro das três aplicações na caderneta deve ser feito como 1ª, 2ª e 3ª doses. Os imunossuprimidos também estão contemplados com a dose de reforço, com intervalo a partir de quatro meses da terceira dose.

A vacina Janssen é a indicada para imunocomprometidos maiores de 18 anos no esquema dose 1 + Reforço.

A vacina utilizada para a dose de reforço deve ser, preferencialmente, da plataforma da Pfizer ou, de maneira alternativa, vacina de vetor viral, ou seja, as fabricadas pela Janssen ou Astrazeneca.

São considerados pacientes imunocomprometidos:

  • transplantados de órgão sólido ou de medula óssea;
  • pessoas vivendo com HIV/AIDS;
  • portadores de imunodeficiência primária grave;
  • quem faz quimioterapia ou radioterapia para câncer;
  • quem tem doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia;
  • pacientes com condições autoinflamatórias e doenças intestinais inflamatórias;
  • pacientes em hemodiálise;
  • pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas;
  • neoplasias hematológicas.

Vacinação em números
Desde o início da campanha de vacinação, 365 milhões de doses de vacinas Covid-19 já foram aplicadas nos braços dos brasileiros. Dessas, 48 milhões são de dose de reforço e 2 milhões correspondem às doses adicionais.

Nathan Victor

 

Fonte: Ministério da Saúde

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