AAECO discorda de necessidade de abertura de duas ruas e denuncia destruição de área verde no Universitário

A Associação Ativista Ecológica (AAECO), através do seu coordenador Gilnei Rigotto, esteve na manhã de segunda-feira, dia 31 de janeiro, no bairro Universitário, em Bento Gonçalves, onde estão sendo realizadas obras para a abertura de duas novas ruas.

As obras ligarão as ruas Amândio Dalcin e Paulo Pasquetti, porém há discordância com relação a necessidade de abertura de uma das vias. Segundo Rigotto, os moradores da região tem denunciado o desmatamento de área verde para a abertura das vias, e que apenas uma das ruas, a de acesso Norte/Sul, seria necessária para a ligação de outras vias, “nós entendemos que essa rua sim, é necessária, porém a rua da devastação, que é de oeste para leste, não seria necessária, pois não existem casas nas duas laterais, então para fazer essa rua e devastar toda essa área”.

Ainda segundo Rigotto, o município deveria ter contatado entidades ambientais, especialistas e principalmente moradores para debater a necessidade de duas vias, “que na próxima vez que forem abrir uma rua, que chamem a AAECO, que chamem os biólogos da prefeitura, que chamem todos os moradores, pra que possamos fazer uma obra sustentável, não é admissível em pleno século XXI ter uma área dessas devastada, seja ela particular, seja da prefeitura”.

Segundo a Prefeitura de Bento Gonçalves, a obra era um pedido antigo dos moradores, e para realização foi necessária à supressão de vegetação. O manejo, da área do Município, averbada em matrícula nº 85.717, foi realizado conforme licenciamento ambiental.

Como forma de compensação ambiental pelo corte dos dois exemplares de araucária, serão plantadas 30 mudas do mesmo exemplar, conforme legislação vigente.

Não é exigida compensação ambiental pela supressão da vegetação secundária em estágio inicial, em conformidade com o artigo 4º da Instrução normativa SEMA nº 01/2018.

“Nossos técnicos agem dentro da legislação e com muita seriedade e respeito ao meio ambiente. A área é do Município e foi feita toda verificação antes de ser emitido o laudo ambiental”, destaca o Secretário do Meio Ambiente, Claudiomiro Dias.

Central de Jornalismo / Unidade Móvel Difusora

 

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