Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro.

Quanto deverá custar a ceia de Natal em 2021?

Com a chegada da semana das festas de fim de ano vem à mente a mesma preocupação de todo ano: o preço da ceia – que, em 2021, deve ficar ainda mais salgado. Neste ano, ela está em média 5,39% mais cara em relação ao ano passado, de acordo com a FGV IBRE.

No ano passado, a ceia já havia pesado no bolso do brasileiro com um aumento de 13,51%, segundo o órgão. Ou seja, o aumento foi menos significativo do que nem 2021, mas, ainda assim, faz diferença – especialmente considerando  a situação econômica atual.

Veja o ranking de variação de preços da ceia 2021:

  • O panetone subiu mais de 25%;
  • O preço do frango subiu mais de 24%;
  • Carnes bovinas subiram mais de 14%;
  • O peru e chester tiveram aumento de cerca de 7%;
  • O lombo subiu mais de 4%;
  • Já o pernil está 1,7% mais barato;
  • O arroz também barateou mais de 8%.

Por que a ceia está mais cara?

São dois motivos. Antes de mais nada, comer ficou mais caro em 2021. A inflação em alta tem sido um desafio para as famílias. E o que mais puxou os preços para cima foram os alimentos, com uma variação média de 7,39%, segundo a FGV.

Além disso, produtos sazonais – aqueles vendidos especialmente nesta época do ano– têm fortes oscilações nos meses de novembro e dezembro. Isso acontece todos os anos e pode encarecer o preço final da cesta. Em 2021, eles chegaram a registrar 25,9% de alta, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No entanto, é importante ficar de olho no preço médio e fazer boas escolhas para a ceia não desorganizar o seu orçamento.

Veja, a seguir, em detalhes, quais são os itens da ceia que ficaram mais caros e aqueles que estão mais baratos.

Panetone e Frutas Cristalizadas

Esses são os grandes vilões da ceia de 2021. Basta uma ida ao supermercado para perceber que o panetone está valendo ouro, com 25,96% de alta. As frutas cristalizadas apresentaram o mesmo percentual de aumento. Ou seja, talvez seja uma boa ideia dar férias para a polêmica uva passa neste ano – se você não ama, claro.

Vai ter peru na mesa?

O famoso dilema peru versus frango teve um ganhador menos óbvio neste ano: o peru. O frango teve o maior aumento entre as aves, de  24,28%, segundo a FGV. Já o preço do peru e chester subiu 7,27%, segundo a Fipe.

Em alguns supermercados, o quilo do peru e do chester está bem próximo do preço do quilo do frango. Ou seja, não existe uma única resposta sobre o que vale mais a pena. Pode ser que o peru esteja custando quase a mesma coisa que o frango na sua região e seja a melhor escolha. No entanto, historicamente, o frango é uma ave mais barata e, mesmo com o aumento, ainda pode valer a pena.

Na dúvida, pesquise sempre e pese o que é mais importante para você: pagar mais barato, ou manter alguns ingredientes tradicionais.

E as carnes?

Neste ano, as carnes de porco estão valendo mais a pena. O pernil suíno ficou mais barato nos últimos 12 meses e é uma opção mais em conta para a ceia. De acordo com a FGV, ele está 1,72% mais barato em comparação ao mesmo período do ano passado.

No ano passado, para se ter uma ideia, o pernil estava 33% mais caro em relação a 2019.

O lombo, por outro lado, está 4,36% mais caro. As carnes bovinas tiveram um aumento ainda mais significativo, de 14,72% em relação a 2020.

Arroz mais barato

Um dos poucos itens que tiveram diminuição no preço foi o clássico do dia a dia e presença certa no natal: o arroz. Nos últimos 12 meses o arroz ficou 8,27% mais barato, representando um pouco de alívio para o bolso.

Dá para encontrar preços melhores?

Existe o aumento que é natural da época das festas de fim de ano, mas existem também os exageros. O Procon-SP identificou diferenças de até 124,72% nos itens que compõem a ceia de fim de ano.

O azeite de oliva, por exemplo, pode custar R$ 19,98 ou R$ 44,90, dependendo do estabelecimento escolhido. Veja a pesquisa completa aqui.

Como fugir das ciladas?

  1. Planeje-se: vá ao mercado com uma lista pronta do que você precisa comprar, já prevendo eventuais substituições que podem ser necessárias se um ingrediente estiver caro ou indisponível.
  2. Faça pesquisa de preço. Compare os valores praticados em diferentes estabelecimentos. Se você tiver dúvida, entre em contato com o fornecedor antes de fechar a compra.
  3. Fique de olho nas compras online: se preferir comprar pela internet, prefira sites confiáveis e desconfie de ofertas generosas demais.

 

Fonte: O Petróleo
Foto: Divulgação opetroleo.com.br

(RM)

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