Uso de ferramentas digitais, trabalho remoto e ofertas de novos produtos e serviços figuram como as principais tendências
Empreendedores gaúchos estão apostando em novas habilidades, ferramentas, e até na oferta de novos produtos e serviços como estratégia para se manterem competitivos em meio aos desafios impostos pela pandemia. Mais da metade das empresas (57%) informam que remodelaram suas atividades no período, em especial, no que diz respeito à adoção de ferramentas digitais para vendas e relacionamento com o cliente (54%), utilização de trabalho/atendimento remoto (32%), mudança de produto/serviço (29%) e readequação de estrutura física (27%).
Os dados são da 16ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise desenvolvida pelo Sebrae RS e refletem a tendência e o otimismo na retomada de setores significativos da cadeia econômica gaúcha frente à ampliação da vacinação. “O ambiente de negócios tem melhorado e as oportunidades de novos mercados e expansão de clientes tem surgido para as empresas que se reinventaram durante a pandemia. Por isso, é fundamental continuarmos fomentando as boas iniciativas e oferecendo apoio”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy.
Uma em cada três empresas afirmou que o nível de atividade retornou ou está superando o nível pré-pandemia. O tempo estimado para recuperação é entre 6 e 12 meses para 36% dos negócios que ainda não retornaram as atividades aos níveis pré-pandemia. No que tange a busca por recursos, uma em cada cinco empresas buscou crédito, sendo boa parte para pagar contas (47%), mas também para comprar máquinas e equipamentos (37%), o que indica otimismo por parte destes empreendedores. O valor médio obtido foi de R$ 57,1 mil.
Aprendizados
A crise também impulsionou o aprendizado e a valorização de novos conceitos e processos por parte dos empreendedores gaúchos, que identificaram oportunidades, tais como:
- É fundamental ter uma reserva financeira (56%)
- Estar aberto às mudanças (52%)
- Ter um bom controle de custos (43%)
- Boa comunicação com as partes interessadas – clientes, fornecedores e colaboradores (39%)
- Relacionamento e vendas pelas redes sociais (33%)
- Ler o cenário e se adaptar rapidamente (33%)
- Estar presente no ambiente digital não é mais diferencial, é obrigatório (38%)
- Ter um bom planejamento (37%)
Em relação ao futuro do ambiente de negócios, o estudo indica que 67% dos empresários acreditam na melhora da situação do ramo de atividade (frente aos 65% em agosto) ao passo que 58% creem na melhora da economia gaúcha (frente aos 56% de agosto).
A pesquisa foi realizada de forma online entre os dias 14 e 30 de setembro de 2021 e contou com uma amostragem de 428 respondentes. O nível de confiança é de 95% e margem de erro de 4,7%.
A pesquisa em números
Situação atual
40% piorou
35% sem alteração
25% melhorou
Faturamento
41% diminuiu
38% Manteve inalterado
21% aumentou
Financiamento
77% não precisou
23% precisou
O que o empreendedor precisa
36% recurso para capital de giro
35% recurso para investimento
27% orientação sobre uso de ferramentas digitais
22% consultoria/orientação para gestão financeira
20% análise sobre tendências e perspectivas do mercado
19% parcerias com outras empresas para otimizar negócios
17% análise do comportamento do consumidor
16% alternativas para diversificar produtos/serviços
15% busca de novos fornecedores
13% consultoria para readequação/remodelagem do negócio
13% consultoria para adequação de custos
9% consultoria para gestão da crise
8% orientações sobre questões legais (decretos, protocolos e medidas provisórias etc.)
8% orientações sobre assuntos trabalhistas
Fonte: Moglia Comunicação Empresarial
Foto: Divulgação Sebrae RS
(RM)
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