Dois centros de triagem serão criados para abrigar presos no RS

Dois centros de triagem para desafogar as Delegacias de Polícia Civil de presos serão criados, pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Esses locais serão instalados em Charqueadas e Porto Alegre, informou Cezar Schirmer, secretário responsável pela pasta na manhã desta quarta-feira, 26.

Ambos terão capacidade para abrigar 258 presos. Hoje, em virtude de superlotação, interdição e falta de vagas nas cadeias, os presos têm de aguardar nas DPs até o encaminhamento ao sistema prisional. “Delegacias de Polícia e viaturas não são locais para se manter presos. Esses centros de triagem vêm justamente para desafogar as delegacias e solucionar esse problema”, afirma o secretário Schirmer.

Pela proposta, as prisões feitas pela Brigada Militar nas ruas continuaram desembocando nas delegacias da Polícia Civil. Os presos, no entanto, depois de autuados em flagrante ou identificados na repartição, serão encaminhados por policiais civis para um desses centros de triagem, e não mais ficarão alojados no xadrez das DPs. Desses centros, os presos seguem para presídios.

Para a construção do centro em Porto Alegre, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), a quem cabe a elaboração e acompanhamentos da execução dos projetos em parceria com a Secretaria de Obras do Estado, definiu uma área localizada atrás do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), no bairro Partenon. No local, que pertence à Susepe, existe um prédio com supraestrutura (fundações, pilares e laje) pronta. O local abrigaria 120 presos. O projeto está em fase de elaboração de processo licitatório para escolha da empresa responsável pela obra, informa o diretor de engenharia da Susepe, Alexandre Porciuncula Micol.

O segundo centro deve ser criado em Charqueadas, em local inicialmente previsto para abrigar um hospital penitenciário. A obra está 60% concluída. No local, 138 vagas devem ser criadas para evitar que os presos fiquem nas delegacias aguardando lugar em presídios. De acordo com Micol, os dois projetos são economicamente viáveis.

 

Fonte: Palácio do Piratini

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