Num encontro articulado pelos coordenadores da Frente Parlamentar da Vitivinicultura da Assembleia Legislativa, deputado Elton Weber (PSB), e da Frente Nacional de Apoio à Vitivinicultura, deputado federal Afonso Hamm (PP), juntamente com os presidentes da Fetag, Carlos Joel da Silva, e da Comissão Interestadual da Uva, Cedenir Postal, produtores entregaram, nesta sexta-feira, 10, na Expointer, em Esteio, um ofício à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, solicitando a correção do preço mínimo da uva, desatualizado devido a disparada do custo de produção.
De acordo com o estudo do Dieese entregue pela Comissão Interestadual também à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o custo variável é de R$ 1,34 o quilo, o que representa uma alta de 23% em relação a última safra. Com isso, o custo do plantio do hectare subiu para R$ 26.805,50 no Rio Grande do Sul. Segundo Postal, quanto mais cedo a Conab concluir seus estudos melhor. Isso porque o preço mínimo da uva tem sido usado pela indústria como referência para todas as negociações, independente da situação de mercado.
Já Weber ressaltou a importância de uma definição até novembro, antes do início da colheita. Foi um encontro rápido, mas produtivo. Nas próximas semanas devemos ter desdobramentos”, avaliou Weber. O parlamentar acrescentou que o cenário indica o aquecimento da demanda por uva na próxima safra para repor os estoques de vinho, que não são altos neste momento. “As vendas de vinho aumentaram em torno de 30%, então há um cenário positivo para melhorar o preço, tudo isso foi repassado para a ministra para que se tenha esse cuidado para repor de fato o valor do custo de produção e o aumento do preço minímo seja nesta lógica.”Weber antecipou ainda que, em algumas semanas, deve haver uma reunião ampliada com todo o setor.
Já a Fecovinho levantou a necessidade de uma linha específica de crédito para a compra da safra com prazo de 12 meses para capital de giro até a venda do produto final. A ministra sugeriu a construção desta possibilidade junto a técnicos do Mapa. Atualmente, há um modelo similar de crédito de estocagem em vigor para o café nas regiões de São Paulo e Minas Gerais.
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
Foto: Patricia Meira Cardoso / Divulgação
(RM)
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