Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves alerta sobre os perigos da automedicação
Você tem um dorzinha ou um mal-estar já há alguns dias, mas não dá bola, toma qualquer coisa que tem no armário de casa e segue em frente. O incômodo continua, mas, sem tempo para ir ao médico, resolve experimentar aquela ‘dica’ de remédio que funcionou para o vizinho e, aparentemente, problema resolvido. Um tempo depois, a situação piora e, quando finalmente chega no consultório, você está com um quadro já avançado de determinada enfermidade. Assim, a automedicação fez mais uma vítima.
Não são poucos os casos de pessoas que, a partir de qualquer sintoma anormal de saúde, buscam medicamentos recomendados por indivíduos fora da área médica ou farmacêutica. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 50% dos medicamentos do mundo são prescritos, aplicados ou vendidos de forma inadequada, ou seja, sem a supervisão ou recomendação de um profissional a partir de um laudo de saúde. “O uso de remédios sem acompanhamento médico é uma prática grave, que traz muitos prejuízos à saúde. A pessoa acaba mascarando sintomas de uma doença, retardando sua detecção e, consequentemente, o tratamento, podendo comprometer o êxito desse processo. É necessário alertar a população para que esse hábito perca força, estimulando as pessoas a adotarem estilos saudáveis de vida como medida preventiva e, em caso de enfermidade, buscarem imediatamente tratamento médico adequado”, explica a presidente da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves, Maria Lúcia Gava Severa.
Os dados do Conselho Federal de Farmácia, atualizados em 2021, afirmam que 77% dos brasileiros assumidamente fazem uso de automedicação. Deste número, 68% das indicações vêm de familiares, enquanto 41% vêm geralmente de amigos. Os sintomas que fazem a procura por conta própria de fármacos ser tão grande são aqueles mais comuns: dores de cabeça, febre, resfriados e dores no corpo em geral. Remédios para dormir e ansiolíticos fortes também estão entre os mais listados.
“Além desse elevado percentual de pessoas que fazem automedicação, 32% assume que também aumenta por conta própria de doses prescritas em atendimento. A maioria das pessoas sabe que isso é errado e tem riscos, mas não se importa”, afirma a farmacêutica Ana Lúcia Koff. Diversos fatores ajudam a explicar essa prática. “No Brasil, medicamentos tarjados com sendo de venda sob prescrição médica, mas que não exijam retenção de receita, são facilmente adquiridos por qualquer pessoa. Em outros países isso não é possível. Outra situação é a demora ou falta de atendimento médico em algumas regiões, o que, muitas vezes, leva o paciente a buscar a solução dos sintomas por conta própria, mesmo sabendo que não é adequado ou seguro”, salienta Ana Lúcia Koff.
Riscos à saúde
A busca por medicação própria pode causar danos graves à saúde. Eventos adversos podem acontecer, como intoxicação, ocultação de sintomas ou agravamento de outras doenças existentes, assim como potencializar ou anular outros medicamentos importantes que o paciente esteja tomando. É importante que o acompanhamento médico ou de um profissional farmacêutico esteja adequado à procura por medicação, de forma que não sejam causados mais problemas quanto à integridade física ou psicológica de qualquer paciente. “Sob qualquer sintoma de saúde que considere anormal, procure o atendimento médico e só busque medicamentos sob prescrição profissional”, reforça Ana Lúcia.
Para forçar esse alerta, a Liga de Combate ao Câncer promove, em parceria com a farmacêutica Ana Lúcia Koff, uma campanha de conscientização e informação junto à comunidade. A ação ocorre por meio da divulgação de informações nas redes sociais da entidade. Um dos materiais de destaque é o vídeo gravado pela farmacêutica, com orientações sobre o tema. Para conferir, acesse o site da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves (http://www.ligaccbg.com.br/), as páginas no facebook (facebook.com/ligaccbg) e instagram (instagram.com/ligaccbento/).
Assista ao vídeo com a farmacêutica Ana Lúcia Koff: https://youtu.be/GRgnpLAbCfs
Fonte: Exata Comunicação e Eventos
Foto e vídeo: Tchaylen de Souza / Exata Comunicação / Divulgação
(RM)
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