As ações conduzidas pelas equipes de fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) para evitar o ingresso da peste suína africana no Rio Grande do Sul foram tema de reunião nesta segunda-feira, 9, com representantes dos dois órgãos públicos e de entidades do setor agropecuário.
A secretária Silvana Covatti reforçou a importância de haver uma articulação cada vez maior entre os setores público e privado na vigilância, de forma a evitar que a peste suína africana ingresse no Rio Grande do Sul. “Cada um fazendo a sua parte, tenho certeza de que vamos superar este momento. O mercado de suínos está aquecido e não podemos deixar que essa enfermidade chegue ao nosso país”, destacou.
A fiscal Juliane Galvani, do Programa de Sanidade Suídea da Secretaria da Agricultura, apresentou as principais ações que foram reforçadas desde que os primeiros casos de peste suína africana foram registrados na China, em 2018, como vigilância em propriedades de suínos comerciais e de subsistência, em lixões e aterros para evitar o acesso de suínos a esses rejeitos e capacitação para Agentes de Manejo Populacional de suídeos asselvajados, como javalis e javaporcos. “É improvável que a doença chegue ao Estado por animais vivos porque há todo um cuidado e respeito à quarentena na entrada de animais. Nosso maior risco são produtos de origem animal, suína, entrando no país por viajantes que vão para o exterior”, explica.
A superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Helena Rugeri, pontuou que cabe ao ministério a fiscalização de portos e aeroportos e que, desde a notificação do caso de peste suína africana na República Dominicana no fim de julho, equipes de auditores fiscais federais estão vistoriando 100% das bagagens dos voos que vêm do Panamá para o aeroporto Salgado Filho. “É uma situação de segurança nacional para nosso setor do agronegócio como um todo”, frisou. Rugeri também informou que foi solicitada ao Mapa em Brasília uma equipe K-9, de cães farejadores, para que possam atuar no aeroporto.
O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, disse que o setor produtivo está atuando em cooperação com o Ministério e a SEAPDR, num trabalho que se intensificou desde que houve o primeiro registro de peste suína africana no continente americano. “Tão logo foi tomado conhecimento do caso na República Dominicana, se fez uma mobilização muito forte, um trabalho no controle de aeroportos e portos pelo Ministério, e nas questões de biosseguridade que envolvem o campo e as áreas de produção”, detalhou.
Kerber destacou as graves consequências econômicas que ocorreriam no caso de a peste suína africana ingressar no Brasil. “No mês de julho, o Rio Grande do Sul exportou mais de 100 mil toneladas de carne e produtos de origem suína. Num evento sanitário como esse, é normal que os mercados se fechem para o país, e nós não temos condições de absorver esse volume de produto para ser consumido internamente”, alertou.
Também participaram da reunião representantes da Federação das Associações de Municípios (Famurs), Federação da Agricultura (Farsul) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS).
Notificação – Qualquer suspeita de peste suína africana no Rio Grande do Sul deve ser imediatamente notificada à Secretaria da Agricultura pelos seguintes canais: as inspetorias ou escritórios de defesa agropecuária locais, o WhatsApp (51) 98445-2033, o telefone geral (51) 3288-6200 ou o e-mail notifica@agricultura.rs.gov.br.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da SEAPDR
Foto: Divulgação SEAPDR
(RM)
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