Sindilojas Regional Bento confirma avanço no uso do meio em substituição ao dinheiro em espécie, aos boletos bancários e ao cartão de débito e alerta contra golpes
Segurança, agilidade e economia. Estes são os três principais motivos que têm levado lojistas a optar pelo PIX, especialmente as pequenas empresas. Se por um lado o consumidor se sente mais seguro por não carregar consigo dinheiro, por outro o empresário economiza na taxa que pagaria pela transação com cartão, recebendo o dinheiro no mesmo instante. Além disso, o preço do produto não muda para o consumidor e a operação é rápida.
O presidente do Sindilojas Regional Bento, Daniel Amadio, garante que a adesão é expressiva e segue em crescimento. “Os lojistas estão tendo a possibilidade de optar por uma forma de recebimento sem custo, como ocorre com o cartão de débito. Além disso, a velocidade e a segurança da transação trazem um conjunto de facilidades e comodidades, beneficiando consumidor e empresário”, destaca. Mas o grande volume de transações vem gerando um problema que requer cuidados: prática de golpes.
O Pix é um sucesso indiscutível. Eliminou a necessidade de tarifas de dezenas de reais que os brasileiros eram obrigados a pagar sempre que precisavam fazer uma transferência para outros bancos. Funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, sem ter de esperar o expediente bancário para realizar uma operação. Em abril, segundo dados do Banco Central, atingiu a marca de 500 milhões de transações, que movimentaram 322 bilhões de reais. Superou assim o volume de todas as demais modalidades de transferências e pagamentos somadas (TED, DOC e boletos).
Natural que, diante de um volume tão expressivo de operações e da adesão maciça de milhões de brasileiros, surjam também tentativas de golpes associados. Amadio alerta as empresas associadas para possíveis golpes. “A novidade atraiu, também, a atenção de mal intencionados que se aproveitam da situação para dar golpes no comércio. Por isso, é fundamental conhecer como funciona a operação para ter a certeza de que está sendo vítima de mais uma fraude”.
- Clonagem do WhatsApp
Na clonagem, os criminosos enviam uma mensagem fingindo ser funcionários de empresas em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam um código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado por transferência via Pix.
- Perfil falso no WhatsApp
Neste caso, o golpista nem precisa clonar o WhatsApp. Ele escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais e, de alguma forma, descobre números de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número de celular, manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número devido a algum problema, como, por exemplo, um assalto. A partir daí, pede uma transferência via Pix, dizendo estar em alguma situação de emergência.
- Páginas e arquivos falsos para roubar dados
Os criminosos têm cometido fraudes a partir do envio de mensagens falsas para celulares, e-mails, mensagens nas redes sociais e sites falsos. No primeiro caso, após clicar na mensagem, o cliente é direcionado para um site falso que oferece o cadastramento da chave de acesso. Na página falsa, é pedido à vítima que faça o acesso à sua conta bancária e serão solicitados também os códigos de autenticação (tokens). Os criminosos criam páginas que simulam as de internet banking de grandes instituições financeiras para roubar as informações de acesso das vítimas, como número de conta, CPF e senha. A outra fraude ocorre a partir da oferta de download de um arquivo que será instalado no celular ou no computador para roubar os dados da pessoa. Nesse caso, é instalada uma ferramenta de acesso remoto que permite aos fraudadores entrar no celular infectado e roubar informações importantes. Outro golpe desse tipo rouba os dados que podem ser usados como chaves do Pix, a partir de falsas campanhas de cadastramento.
- Falsas centrais de atendimento
O golpista entra em contato com a vítima se passando por um funcionário do banco ou empresa com a qual a vítima tem relacionamento. O criminoso oferece ajuda para que o cliente cadastre a chave Pix, ou diz que o usuário precisa fazer um teste com o sistema de pagamentos instantâneos para regularizar o cadastro. Neste momento, a vítima é induzida a fazer uma transferência. A Febraban afirma que dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras, e que funcionários de bancos não ligam aos clientes para fazer testes com o Pix. Na dúvida, sempre procure seu banco para obter esclarecimentos. Uma variação deste golpe que também tem sido relatada por muitos usuários é o da falsa pesquisa sobre covid-19. O criminoso se faz passar por funcionário do Ministério da Saúde que está coletando dados, mas o objetivo real é conseguir uma transferência direta ou clonar o WhatsApp da vítima.
- Bug do PIX
Outra ação criminosa que está sendo praticada por quadrilhas e que envolvem o Pix é o golpe do “bug” (falha que ocorre ao executar algum sistema eletrônico). Mensagens e vídeos disseminados pelas redes sociais por bandidos afirmam que, graças a um “bug” no Pix, é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. Entretanto, ao fazer este processo, o cliente está enviando dinheiro para golpistas.
Dicas para não cair nos golpes
. Confira o remetente dos e-mails e não acesse páginas suspeitas, com endereços curtos ou com erros de digitação.
. Não clique em links recebidos por e-mail, WhatsApp, redes sociais ou por mensagens de SMS que direcionam o usuário a um suposto cadastro da chave do Pix.
. Cadastre chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como o aplicativo bancário, internet banking, agências ou através de contato feito pelo cliente com a central de atendimento.
. Após o cadastro, o BC envia o código para confirmação da chave apenas por SMS (caso a chave cadastrada seja um celular) ou email (se a chave for um email). Nunca por ligação telefônica ou por link recebido em mensagem de texto ou email.
. Não compartilhe o código de verificação recebido no momento do cadastro da chave do Pix.
. Não faça cadastro a partir de um contato telefônico de um suposto empregado do banco.
. Dê preferência ao site do banco ou ao aplicativo.
. Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo.
. Acesse apenas contas verificadas das instituições financeiras nas redes sociais.
. Em caso de suspeita, procure o seu gerente ou use os chats dos aplicativos para se informar.
. Não faça transferências para conhecidos sem confirmar pessoalmente ou por chamada telefônica, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado.
Fonte: ConceitoCom Brasil
Foto: Reprodução
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