Desde março deste ano, os pacientes de média complexidade internados no Hospital São Roque (HSR) com diagnóstico positivo para Covid-19, recebem tratamento com um novo equipamento: dois Cateteres Nasais de Alto Fluxo (CNAF) foram doados pela Tramontina à instituição de Carlos Barbosa. A tecnologia, relativamente nova no Brasil, ajudou a evitar a intubação de 19 dos 32 pacientes em que foi utilizada até o momento.
Os resultados sólidos obtidos no Hospital Tacchini com o equipamento em Bento Gonçalves, ajudaram a nortear a doação da Tramontina para utilização do Hospital São Roque. Desde que foi implantada na instituição bento-gonçalvense, em setembro de 2020, a tecnologia ajudou a evitar a intubação em pelo menos 50% dos casos graves.
“Ficamos realmente maravilhados com os resultados que o equipamento nos trouxe a partir do uso, coordenado pela nossa equipe de fisioterapia. Sem necessidade de intubação, nossos pacientes ficam acordados o tempo todo, reduzem o tempo de internação, recebem alta em condições funcionais melhores e ainda podem ficar mais próximos da família, uma vez que não precisam encaminhados para UTI em hospitais de referência da região”, descreve a gestora do Hospital São Roque, Cátia Argenta.
A eficácia dos cateteres nasais de alto fluxo no HSR é ainda maior do que no Hospital Tacchini: 60%. O tratamento é considerado de sucesso quando o paciente melhora sua condição clínica sem necessidade de intubação. Além disso, a média de tempo de internação de pacientes que utilizam cateter nasal de alto fluxo tem sido, em média, 3 vezes menor em comparação aos casos com necessidade de intubação.
Como age o CNAF
O equipamento permite o aumento do fluxo de oxigênio enviado aos pulmões (até 60 litros por minuto), além de garantir também o controle da umidade, da temperatura (de 32°C a 37°C) e da concentração de oxigênio (que pode chegar a 100% – quase 5 vezes maior do que uma pessoa que respira sem o auxílio de aparelhos, ou seja, o ar ambiente normal).
O CNAF também atua na ocupação de todo o sistema respiratório com oxigênio, aumentando sua concentração nas vias aéreas. Dessa forma, o equipamento permite que o paciente otimize a troca gasosa entre o pulmão e o sistema circulatório, mantendo os níveis de oxigenação do sangue adequados, encurtando o tempo de recuperação.
O tratamento no Hospital São Roque
Os pacientes que precisam de suporte ventilatório intenso e que se enquadram no protocolo de manejo escalonado de oxigenoterapia em Covid-19 e em conjunto da avaliação fisioterapêutica e médica, podem fazer uso do CNAF. Nas primeiras 12 horas de uso do equipamento, a equipe de fisioterapia monitora continuamente o paciente e realiza 6 avaliações específicas do caso. O resultado dessas análises vai determinar se a terapia está sendo eficaz ou se outros procedimentos devem ser adotados.
Como o equipamento é considerado não-invasivo, o paciente permanece consciente e ativo durante todo o tratamento. Dessa forma, é possível potencializar também a efetividade dos demais tratamentos fisioterápicos de rotina, além de simplificar o processo de desmame.
Fonte: Hospital Tacchini
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