“As universidades e os institutos federais gaúchos estão contribuindo de forma intensiva para o enfrentamento da pandemia relacionada à COVID-19 em nosso estado. Uma grande parte de nossas comunidades está envolvida diretamente na assistência em saúde, em pesquisas essenciais, produção de testes e equipamentos, além de ações educativas para toda a sociedade. Os hospitais universitários e de ensino são fundamentais para a assistência à saúde de nossa população, assim como a nossa presença em diversos outros pontos da rede do Sistema Único de Saúde.
Nos países que conseguiram obter melhor controle da pandemia, foi fundamental o engajamento da população em medidas de distanciamento, uso de máscaras e outros cuidados de prevenção. Isso demonstra a importância da educação pública de qualidade e acessível a todos para o desenvolvimento do país.
Temos continuamente apontado a necessidade de ampliar os investimentos em Educação e Ciência, que vêm sendo drasticamente reduzidos, como forma de fortalecer o protagonismo internacional do País na produção de tecnologia e em inovação, possibilitando o enfrentamento de grandes problemas nacionais. O grupo de universidades e institutos federais gaúchos vem, também, enfatizando a importância de nossas instituições para o desenvolvimento regional.
Apesar de todas as dificuldades políticas, econômicas, sociais e sanitárias dos últimos anos, continuamos cumprindo a nossa missão institucional e promovendo a necessária transformação social do Brasil. No entanto, os cortes orçamentários sofridos em 2021 nas áreas de Educação, Ciência e Tecnologia colocam em sério risco a própria viabilidade das nossas instituições. Neste momento, conclamamos a sociedade para defender a necessária recomposição do orçamento, pois as universidades e os institutos federais não podem parar.
A retomada das atividades presenciais de universidades e institutos federais, pela característica de promover o deslocamento de estudantes de muitos municípios, estados e até países diferentes, pode trazer, neste momento, riscos adicionais ao recrudescimento da COVID-19 para o estado. Por isso, o retorno gradativo deverá ser planejado com segurança e com protocolos atualizados, embasados cientificamente, e de acordo com as condições epidemiológicas e sanitárias.
Ressaltamos que o momento é de cuidado, pois o estado está vivendo uma possível reversão de tendência, com aumento dos indicadores de novos casos, sintomas e internações clínicas. Embora com melhora dos indicadores de ocupação de UTIs e óbitos, esses são indicadores mais tardios, e continuamos em níveis preocupantes, acima dos picos observados em 2020 e com a transmissão do vírus ainda distante de ser controlada.
O aumento da mobilidade nas últimas semanas e a exaustão de muitos segmentos da sociedade, com consequente relaxamento das medidas preventivas, podem levar a um recrudescimento do quadro epidemiológico. É importante manter a comunicação intensiva em saúde para a redução do risco, especialmente enfatizando a importância da prevenção da transmissão respiratória, o que inclui uso de máscaras, distanciamento e ventilação dos ambientes.
As reitoras e os reitores unem-se ao apelo da sociedade para uma vacinação rápida para todas as pessoas, associada à manutenção das medidas de distanciamento, testagem, isolamento e comunicação.
18 de maio de 2021
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha – IFFAR
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense – IFSul
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA
Universidade Federal do Rio Grande – FURG
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM
Universidade Federal de Pelotas – UFPel
Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA”
Fonte: IFRS
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