O Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde (ITPS) está participando de mais um braço de estudos do Coalizão Covid Brasil. Conduzido pelos Hospitais do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do SUS (PROADI-SUS), o Coalizão IX, batizado de REVOLUTION, tem como objetivo estudar a eficácia e segurança de antivirais já utilizados no combate a outras doenças, como Hepatite C e HIV, no tratamento dos pacientes hospitalizados com COVID-19 que tenham apresentado sintomas há, no máximo, 7 dias.
Os medicamentos, que se mostraram muito eficazes em reduzir a carga viral do SARS-COv2 em estudos in vitro realizados pela Fiocruz, já estão sendo utilizados também em pesquisas com pacientes COVID-19 no Irã, Egito, África do Sul e Argélia. O Tacchini se junta a outros 34 centros de saúde brasileiros para realização do estudo, que pretende incluir pouco mais de 1000 pacientes nos próximos 90 dias. Até o momento, 2 pessoas já participaram do estudo pelo ITPS.
“Esse talvez seja um dos estudos mais aguardados, e consideramos importantíssimo o Tacchini estar entre os centros selecionados para participar dele. Realizar uma pesquisa clínica utilizando medicamentos antivirais para buscar um tratamento para o SARS-CoV-2, que é um vírus, faz todo sentido. Tanto o novo coronavírus, quando o HIV e o vírus da hepatite C, fazem parte de um mesmo grupo, ou seja, possuem estrutura e forma de replicação parecidas. Por isso, utilizar medicamentos que funcionem contra as outras doenças para controlar também a evolução desse novo vírus pode ser promissora”, descreve a Investigadora Principal do estudo no Hospital Tacchini, Dra. Nicole Alberti Golin.
Como vai funcionar
A pesquisa ocorrerá em duas fases: na primeira, será avaliado qual medicação ou combinação diminui mais intensamente a carga viral. De forma aleatória, os pacientes serão divididos em grupos:
– O Grupo I vai receber Atazanavir, usado atualmente no tratamento para o HIV;
– O Grupo II receberá uma combinação de Sofosbuvir com Daclatasvir, utilizados no tratamento de pacientes com Hepatite C;
– O Grupo III receberá apenas o Daclatasvir.
Na segunda etapa, as medicações ou combinações serão avaliadas comparativamente ao placebo, em relação ao principal desfecho clínico definido: o número de dias sem suporte respiratório.
“São medicamentos já conhecidos e prescritos, principalmente por especialistas das áreas de Infectologia e Hepatologia. Além disso, eles são de fácil uso, já que são comprimidos, e ainda têm a vantagem de apresentarem baixo risco de eventos adversos. Estamos otimistas e muito satisfeitos em participar do Coalizão IX”, avalia a Dra. Nicole.
Assim como os demais estudos realizados pela aliança entre instituições de saúde, o Coalizão IX será randomizado e duplo-cego. Ou seja, nem o paciente, nem o pesquisador sabem se o que está sendo administrado em cada caso é a medicação ou o placebo. Os pacientes serão monitorados com exames em tempos específicos e acompanhados por até 12 meses., afim de avaliar o retorno às suas atividades usuais bem como sua qualidade de vida após a infecção.
Assim como os demais estudos realizados pela aliança entre instituições de saúde, o Coalizão IX será randomizado e duplo-cego. Ou seja, nem o paciente, nem o pesquisador sabem se o que está sendo administrado em cada caso é a medicação ou o placebo.
Quem pode participar:
Estão aptos a participar da pesquisa pessoas com 18 anos ou mais, hospitalizadas com suspeita ou diagnóstico confirmado de COVID-19, cujos sintomas tenham iniciado em até 7 dias. Além disso, é preciso que eles apresentem ainda saturação de oxigênio menor ou igual a 94% em ar ambiente ou que precisem de oxigênio suplementar para manter a saturação acima desse nível.
Fonte e foto: Tacchini Sistema de Saúde
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