Primeira unidade da região habilitada pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social supervisionada pelo MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, unidade de negócios se insere em programa de desenvolvimento de projetos para a cadeia de mobilidade e logística
Os mais de 17 anos de pesquisas desenvolvidas em nanotecnologia, trajetória que foi a base para a criação da UCSGRAPHENE, referência em prestação de serviços tecnológicos relacionados ao grafeno, resultaram no credenciamento da unidade de negócios da UCS pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) que atua no fomento à inovação na indústria brasileira.
Dessa forma, empresas ligadas ao segmento automotivo poderão desenvolver projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação junto à unidade da UCS com financiamento da Rede de Inovação em Mobilidade Rota 2030, iniciativa governamental de apoio à cadeia de fornecedores do setor em todo o Brasil. Ao todo, são 28 unidades Embrapii na rede, ligadas a projetos de mobilidade e logística, e 65 credenciadas em geral no Brasil.
A planta de grafeno da UCS torna-se, assim, a primeira unidade Embrapii/MCTI da Serra Gaúcha, a quarta no Rio Grande do Sul e a segunda no país sediada em uma Instituição Comunitária de Ensino Superior. Como credenciada, a UCSGRAPHENE atenderá à cadeia automotiva no desenvolvimento de materiais avançados, de compósitos e nanocompósitos de alto desempenho, e na melhoria de processos produtivos de componentes, com estudos para a aplicação em escala industrial.
Por suas propriedades, explica o coordenador da UCSGRAPHENE, Diego Piazza, o grafeno pode resultar na constituição de componentes automotivos mais leves e resistentes, entre outros desenvolvimentos possíveis.
Resultados Socioeconômicos
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Juliano Gimenez, destaca a geração de resultados econômicos e sociais promovida pela relação da produção industrial com o desenvolvimento tecnológico na Universidade. “Os benefícios dentro do ecossistema de inovação ocorrem, em nível local e nacional, pela disponibilização de novas tecnologias ao mercado e pelo potencial de aumento da empregabilidade”, ressalta. “Devemos considerar também o quanto esse movimento qualifica nossos processos de ensino e aprendizagem, tanto em cursos de graduação, quanto de mestrados e doutorados afins”, complementa, referindo ao incremento da pesquisa científica proporcionado pelo impulsionamento de projetos executados pela UCSGRAPHENE.
Riscos Minimizados para Empresas
De acordo com a coordenadora de Inovação da Agência de Inovação UCS iNOVA, que faz a interconexão entre Universidade, setor empresarial e poder público, Fernanda D’Arrigo, as empresas participantes do Programa Rota 2030 poderão encontrar, no âmbito da Embrapii/MCTI UCSGRAPHENE, o respaldo do ‘compartilhamento de riscos’ no que se refere aos investimentos em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.
“Nesse sistema, os investimentos necessários à execução do projeto de inovação são repartidos entre os parceiros, no caso, órgão federal, unidade credenciada e empresa, com cada ente envolvido tendo suas responsabilidades cuidadosamente delimitadas em cada projeto”, descreve. O aporte da empresa corresponde, em média, a 47% do valor total, podendo ser reduzido quando se tratar de projetos em parceria com outras empresas ou startups.
De um total de 36 projetos financiados nesta etapa do Rota 2030, 11 serão desenvolvidos na UCSGraphene, com aporte de R$ 3 milhões da Embrapii. Com a coparticipação das empresas, o valor total em pesquisa na unidade pelo programa pode chegar a R$ 7 milhões, estima Fernanda.
Fonte: Assessoria de Comunicação da UCS
Foto: Claudia Velho / Divulgação
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