A força da educação na pandemia

A pandemia gerada pela Covid-19 expôs a fragilidade do ser humano. Desde março do ano passado, o Brasil convive com esta crise sanitária que continua afetando todos os setores da vida em sociedade. A Educação foi fortemente atingida por este contexto, e medidas precisaram ser tomadas para dar continuidade ao ano letivo dos alunos da Rede Municipal de Ensino. Assim, o ensino remoto foi a alternativa para que as aulas não fossem suspensas.

O retorno às aulas no sistema híbrido estava previsto para o dia 22 de fevereiro, no entanto, após o Estado do Rio Grande do Sul entrar em bandeira preta, os estudos voltaram a ser realizados através do ensino remoto, a partir de 1º de março. As famílias tornaram-se uma rede de cooperação e de doação neste processo de extensão da sala de aula dentro de suas casas.

Daiane Pedroso de Lima, mãe de Laura de Lima Pastorello, estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Aurélio Frare, diz que a nova proposta de ensino foi desafiadora:

“Acreditávamos que seria por um prazo curto. Porém, a situação foi ficando complicada e tivemos que nos adaptar e nos reorganizar. A maior dificuldade foi o distanciamento do espaço escolar, dos colegas, das professoras, no sentido de presença física”, lamenta.

Além da utilização da plataforma Educar Web, as direções dos educandários buscaram novas formas de minimizar o impacto do distanciamento por meio do WhatsApp, sistema drive-thru e atendimento na escola, quando necessário:

“A escola nunca nos abandonou. Estão sendo muito acolhedores e criativos em suas práticas, focando na segurança de todos. E nós, os pais, procuramos manter uma rotina diária. Mesmo com nossas obrigações de trabalho, reservamos um tempo para realizar as atividades oferecidas pelos  professores. Podemos afirmar que esse tempo dedicado a ela foi muito importante para seu crescimento e para fortalecer nosso vínculo”, salienta Daiane.

Essa é também a realidade de Tatyana Alexandre Tolfo, mãe do Eduardo, que é estudante do segundo ano.

“No início foi um pouco difícil para ele entender que as aulas seriam na nossa casa como se fosse na escola, com horário, com intervalo para o lanche. Daí em diante, o Dudu entendeu e se adaptou. Sempre com as orientações da equipe diretiva e dos professores, os quais sou muito grata”, afirma.

Tatyana está afastada do trabalho por motivos de saúde e esta jornada pedagógica junto ao filho auxilia na sua recuperação, ao mesmo tempo que a ajuda na educação:

“Pra mim é uma ajuda muito importante estar todas as tardes dando aula. Me encanta o empenho dele em aprender cada dia mais e isso me enche de orgulho”, diz.

Para a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Aurélio Frare, Armelinda Gostenski Buffon o ensino remoto possibilita a imersão dos pais na vida estudantil de seus filhos. “Quando a escola e a família caminham juntas e há um elo de integração e comprometimento, o sucesso no aprendizado será intensificado. Os professores precisam oferecer estratégias de aprendizagem que motivam as famílias para que os pais não desistam de acompanhar e auxiliar seus filhos nas atividades remotas”.

A secretária de Educação, Adriane Zorzi, expressa seu sentimento “Sabemos que muitas lacunas ficam na aprendizagem dos alunos durante o ensino não presencial. Um aliado na diminuição desta lacuna é a participação da família neste processo. Nossos professores não estão medindo esforços para manterem o vínculo com seus alunos nestes momentos. Precisamos unir esforços para que nossos alunos consigam atingir os objetivos propostos.”

Ouça o podcast sobre a matéria

https://anchor.fm/emanuele-nicola/episodes/A-fora-da-educao-na-pandemia-et18nl

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social Prefeitura de Bento Gonçalves
Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

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