O comércio de móveis no Brasil confirmou a tendência dos últimos meses e foi o segmento que teve o maior crescimento no volume de vendas em 2020 conforme a Pesquisa Mensal de Comércio divulgada pelo IBGE. O volume de vendas cresceu 11,9% comparado ao ano anterior, conforme dados divulgados na última semana e apurados pela Inteligência Comercial do Sindmóveis Bento Gonçalves.
Observa-se, contudo, que esse crescimento ocorreu de forma bastante desigual ao longo do ano em função dos impactos da pandemia. O segundo trimestre foi de forte retração nas vendas, ao passo que o varejo acelerou de forma muito acentuada no segundo semestre. Os estados que cresceram mais que a média brasileira são Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal. Apenas dois estados registraram queda no volume de vendas, enquanto o RS ficou praticamente estagnado, com crescimento de 0,3% no ano.
A pandemia e suas consequências ditaram a dinâmica do setor em 2020. O economista do Sindmóveis, Eduardo Santarossa, elenca os principais eventos nesse sentido: desorganização da cadeia produtiva; alta demanda por mobiliário; consumo se recuperando de modo muito mais rápido; medidas emergenciais de sustentação de renda e consumo; descompasso entre oferta e demanda; produção não acompanhando a alta das vendas; níveis de produção e empregos retornando aos patamares pré-pandemia no fim de 2020.
Apesar da trajetória de crescimento iniciada no segundo semestre, setor ainda não recuperou todas as perdas. O principal entrave no momento é a forte alta no preço dos insumos e falta de matérias-primas. Hoje setor segue aquecido e, apesar do ambiente de muitas incertezas, existe expectativas de crescimento em 2021.
O fim do auxílio emergencial, a aceleração no ritmo da pandemia nos últimos meses e novas medidas de restrição são apontados como fatores decisivos para o cenário de 2021. “Embora os resultados do varejo sejam muito positivos para o setor moveleiro, as indústrias e toda a cadeia ainda estão diante de uma conjuntura bastante desafiadora”, pontua o presidente do Sindmóveis, Vinicius Benini.
Variação acumulada no trimestre | |
Base: igual período do ano anterior | |
1T | 2,5% |
2T | -11,3% |
3T | 33,8% |
4T | 19,2% |
Variação acumulada no ano | |
11,9% |
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Sindmóveis
Foto: Augusto Tomasi/Divulgação
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