Depois de um período de cinco meses consecutivos com saldos positivos – e crescentes – de emprego no município, a cidade voltou a sofrer uma retração no número de vagas. Segundo os dados do Novo Caged analisados pelo Observatório da Economia (OECON) do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), dezembro se encerrou com um saldo de -181 postos de trabalho.
Essa retração também ocorreu no Estado e no país, além de diversas cidades da região, como Caxias do Sul (-726), Garibaldi (-191) e Carlos Barbosa (-141). Em parte, a explicação para a queda em Bento Gonçalves está associada ao saldo negativo da indústria e à falta de geração de empregos nos outros setores. Mas há outros fatores que estão sendo analisados. “Ainda não está claro se os dados de dezembro representam movimentos de rotatividade de empregos característicos do período ou se estão mais atrelados às incertezas oriundas do aumento de casos e de mortes da covid no mês em questão. Com os dados de janeiro haverá mais condições de esclarecer tal ponto”, avalia Fabiano Larentis, integrante do OECON e professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Embora dezembro tenha registrado saldo negativo, no acumulado do ano Bento Gonçalves encerrou 2020 com um saldo positivo de 409 empregos. Mesmo com as adversidades da pandemia, que ceifou 700 vagas no período inicial, a cidade conseguiu encerrar o ano com 44.686 empregos formais, quase 1% a mais do que registrado em 2019. “É o terceiro maior volume da série desde 2012”, observa Larentis.
Para o professor, esse é um cenário que pode evoluir para outro melhor ainda já no próximo mês. “Se a tendência de crescimento de geração de empregos desde junho permanecer, mesmo com a queda que houve em dezembro, a previsão é de superarmos o patamar de fevereiro de 2020 (45.384 empregos), pré-pandemia, em fevereiro de 2021”, projeta.
Acompanhe o estudo completo elaborado pelo OECON no anexo.
Fonte: Viviane Somacal/Exata Comunicação e Eventos
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