No RS, setor avançou 6,5% em relação a outubro do ano passado
Na série dessazonalizada, o varejo restrito no Rio Grande do Sul, formado por oito segmentos (*) teve uma variação de 0,7%. Já em relação a outubro do ano passado, avançou 6,5%. Com estes resultados, o acumulado em 12 meses foi de queda de -0,9%. Em setembro, esse acumulado foi de -1,6%, segundo dados do IBGE interpretados pela assessoria econômica da Fecomércio-RS. No Varejo Ampliado (**), foi verificada alta de 1,5% ante o mês anterior. Em relação a outubro de 2019, a alta foi de 2,2%, vindo de um aumento de 4,2% no mês anterior. Dessa forma, o volume de vendas do Varejo Ampliado registrou no acumulado em 12 meses uma queda de 4,0% no Rio Grande do Sul.
Analisando o Varejo Restrito gaúcho em comparação com o mesmo mês do ano anterior, dos oito segmentos contemplados na pesquisa, quatro tiveram resultado positivo: Móveis e eletrodomésticos (12,3%), Hipermercados e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,0%) e Artigos farmacêuticos, médicos e ortopédicos (12,3%). Das quatro atividades que tiveram retração frente a outubro do ano passado, destaque para Tecidos, vestuário e calçados, que, embora tenha registrado uma queda menor que a verificada em setembro, teve contração de 7,1% em outubro; Combustíveis e lubrificantes (-2,2%) e Equipamento e materiais para escritório (-33,6%) também tiveram perdas. No Varejo Ampliado, a atividade de veículos, motos, partes e peças intensificou as perdas de -10,7% para de -18,2%, enquanto no segmento de materiais de construção houve aumento de 18,0%, sexta alta seguida.
Os dados da PMC seguem mostrando a recuperação do varejo com mais uma alta na margem e na comparação anual tanto para o Brasil quanto para o RS. Os dados por setor na comparação mensal para o Brasil mostram, com única exceção de móveis e eletrodomésticos, variação positiva difundida nos setores, em linha com o avanço da retomada gradual do movimento com o avançar das flexibilizações. Nos dados acumulados do ano, porém, fica evidente a desigualdade da retomada no varejo, que é ainda mais evidente no caso gaúcho: enquanto hipermercados e supermercados acumulam alta de 7,7% e materiais de construção de 6,3%, vestuário acumula contração de 33,2%, veículos e peças automotivas -23,5% e combustíveis de -6,5%.
Para os próximos meses, porém, além do difícil quadro do mercado de trabalho combinado com as incertezas que permeiam os efeitos do fim dos programas de suporte a renda e ao crédito do governo, ou seja, quando a economia terá de caminhar por suas condições reais, soma-se as consequências do novo avanço da pandemia sobre as famílias e sobre os próprios negócios – ameaçados de terem de funcionar sob restrições na época do ano mais importante para o varejo que, nesse ano atípico, representa a oportunidade dos setores mais afetados diminuírem seus prejuízos.
* Varejo Restrito
- Combustíveis e lubrificantes
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
- Tecidos, vestuário e calçados
- Móveis e eletrodomésticos
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
- Livros, jornais, revistas e papelaria
- Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico
**Varejo Ampliado
- Combustíveis e lubrificantes
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
- Tecidos, vestuário e calçados
- Móveis e eletrodomésticos
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
- Livros, jornais, revistas e papelaria
- Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico
- Veículos, motocicletas, partes e peças
- Material de construção
Fonte: Conceitocom Brasil
Foto: Alessandro Manzoni/Divulgação
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