Presidente do CIC-BG, Rogério Capoani, comemora mudanças
O governo do Estado oficializou nesta segunda-feira o modelo de cogestão do Distanciamento Controlado. Com isso, as áreas geográficas que discordarem da classificação do bandeiramento do Estado podem alterar os protocolos de restrições, desde que haja a concordância de 2/3 dos prefeitos das respectivas regiões.
O modelo tem sido debatido com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e com as associações regionais e, segundo o governador, Eduardo Leite, “a flexibilidade a partir do diálogo torna o modelo mais resistente e justo, adequado às realidades locais, absorvendo as pressões e organizando a sociedade.” Pela proposta, as regiões podem propor alterações aos protocolos da bandeira vermelha, por exemplo, com regras mais brandas, mas que sejam, no mínimo, mais rigorosas que as da bandeira laranja. Também, as regiões podem, caso assim decidam, seguir os protocolos já estabelecidos pelo modelo.
A mudança está sendo comemorada pelo presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), Rogério Capoani, crítico do atual modelo de distanciamento adotado pelo Estado. “O agravamento da economia mostrou que o modelo ficou inoportuno. A tendência, com a mudança, é que ocorra uma minimização dos efeitos negativos”, prevê o dirigente.
Para ele, a autonomia regional ajuda muito porque estabelece parâmetros mais justos de análise dos dados de saúde a partir da realidade de cada município. “Ninguém melhor do que os próprios municípios para saberem o que realmente acontecem neles. Com a autonomia de gerir seus territórios, teremos uma atualização constante dos dados feitas por um comitê especializado, a fim de manter atuais as informações do que vem acontecendo na realidade de seus territórios, tanto em fatores econômicos com de saúde e estatísticos”, opina.
Com o monitoramento em tempo real de critérios como o número de hospitalizações e de casos, Capoani enxerga as entidades mais próximas das prefeituras, auxiliando-as na gestão pública. “É um trabalho de responsabilidade muito grande, em que as entidades vão estar muito ligadas ao poder público no apoio para que tomem as melhores decisões de gestão, permitindo flexibilizações ou restrições, e atuando com foco nos pontos que precisam ser melhorados, seja na economia ou na saúde”, avalia o presidente do CIC-BG.
Fonte: CIC/BG
Foto: Gilmar Gomes
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