A primavera, que inicia nesta quinta-feira, 22, às 11h21min, deve ser seca e fria no Rio Grande do Sul. A informação é do Centro Estadual de Meteorologia (CEMETRS) da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). O meteorologista da instituição, Flavio Varone, divulgou o prognóstico climático para os meses de setembro, outubro e novembro de 2016 no Estado. Conforme ele, há uma tendência de ocorrer uma condição de neutralidade no período, ou seja, sem a presença dos fenômenos El Niño e La Niña (a superfície das águas do Oceano Pacífico Equatorial fica com a temperatura mais próxima da normal).
“Em setembro ainda teremos poucas precipitações. E, em outubro e novembro, ocorre um declínio, com chuvas abaixo da média. O que significa que teremos uma primavera relativamente mais seca”, explica. Em relação às temperaturas, segundo Varone, as mínimas serão mais baixas do que o normal. “As noites devem ser mais frias. Até meados de outubro, as noites serão mais secas, e há a possibilidade de ocorrerem geadas tardias”, acredita.
Com essa previsão, de acordo com a agrometeorologista da Fepagro, Bernadete Radin, deve haver um favorecimento das culturas de inverno, como o trigo. “Isso porque há um menor risco de ocorrerem doenças fúngicas, aumentando a produtividade e uma maior qualidade do grão”, esclarece. “No entanto, se acontecerem as geadas tardias, elas serão prejudiciais para a cultura. Mas, no geral, a expectativa para a colheita do trigo é boa”, adverte.
Bernadete informa ainda que as frutíferas, principalmente as de clima temperado, também devem ser favorecidas pela previsão climática. “A sua brotação foi beneficiada pelo frio intenso, mas poderá também ser prejudicada pelas geadas tardias”, alerta a pesquisadora.
Recomendações
Se continuar o período neutro e mesmo se vier a ocorrer o fenômeno La Niña, o que significa precipitações abaixo da média, a Fepagro recomenda para as culturas de Primavera/Verão, como soja, feijão e milho, que o produtor tome algumas precauções do tipo: escalonar a época de semeadura; utilizar cultivares de diferentes ciclos; e instalar sua lavoura na época recomendada pelo zoneamento agrícola (ferramenta que indica as áreas de menor risco climático).
Além disso, lembra a agrometeorologista, os agricultores devem melhorar a estrutura do solo por meio de práticas conservacionistas: fazer a rotação de culturas, manter boa palhada sobre o solo, e realizar o plantio em nível. “Assim, o solo vai reter mais água e poderá liberá-la para as plantas no período de estiagem”.
FONTE: Divisão de Comunicação Social da Fepagro
FOTO: Fernando Dias/Divulgação
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