Uma pausa diante da rotina exaustiva de trabalho é artigo de luxo para a maioria dos profissionais. Apesar disso, reservar um tempo para refletir, projetar e, principalmente, analisar ações, é fundamental para a sustentabilidade e ampliação dos negócios. Diante dessa necessidade, o Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves promoveu o primeiro ‘Pare e Pense’ – evento para despertar o olhar analítico entre o empresariado, oferecendo mecanismos para uma gestão mais eficiente. O encontro, realizado em parceria com a Mundi Desenvolvimento, CDL-BG e Sindilojas, reuniu cerca de 50 participantes na sede do CIC-BG, no dia 13 de setembro.
A programação foi estruturada em três etapas: palestra de abertura, apresentação dos profissionais das bancas e espaço para atendimento com especialistas. “Esse tripé multidisciplinar, composto de opiniões técnicas amplas, é fundamental para o sucesso das organizações. Parar e pensar, mesmo diante da instabilidade do cenário econômico, é o alicerce para os bons resultados. O CIC-BG trabalha criando conexões e oportunidades para que o gestor possa definir estratégias que levem ao êxito”, comenta o presidente do CIC, Laudir Piccoli.
Temas como marketing e comunicação web foram os destaques da abertura do evento. Com o tema “Empreendedorismo digital: a nova revolução do mercado e da economia”, Roberto Herrera Arbo ressaltou a importância da internet nos negócios ao mesmo tempo em que montou um panorama da transformação tecnológica. Segundo o empresário e Mestre em Administração, marcar presença no mundo online não é mais uma opção, mas obrigação. “O público está na Internet e é lá que o empreendedor deve estar”, assegura.
Além da revolução dos modelos de negócios para a internet no Brasil, Arbo evidenciou os impactos dos novos perfis de consumidor e empresário. “As lojas virtuais tiveram um grande salto, pois a nova geração procura os meios digitais para tudo, desde avaliação dos produtos até posicionamento da marca. Hoje um comentário negativo desse consumidor digital é capaz de acabar com uma empresa da noite para o dia se não houver gestão”, alerta.
As relações de trabalho também passaram por transformações: cerca de 60% dos jovens pensam em abrir o seu próprio negócio e alimentam um sonho de empreendimento digital. Apesar disso, as empresas podem se beneficiar com essa nova tendência. “A base de tudo ainda está em entregar valores e significado. A experiência ainda tem um grande peso, tanto no meio tradicional quanto digital. O gestor precisa estar aberto a esses novos panoramas”, ressalta Arbo.
Bancas ampliam conhecimento
Um modelo de negócio precisa ser construído em bases sólidas, mas atualizado constantemente. Para lidar com as transformações do mercado, o fator essencial das organizações deve estar na gestão. Na segunda etapa do Pare e Pense, quatro profissionais foram convidados para orientar os participantes na retomada estratégica de seus negócios. Bárbara Marçal, Roberta Oselame, Gilson Monteiro e Luis Fernando Rezende comandaram as bancas técnicas e colocaram em pauta temas como gestão de pessoas, gestão de finanças pessoais, governança corporativa, gestão familiar, acordo societário, marcas e patentes e propriedade intelectual.
Na oportunidade, eles conduziram individualmente consultas com os participantes, esclarecendo dúvidas e direcionando estratégias. Para Daiane Predebon, sócia-diretora da Mundi Desenvolvimento, o avanço pessoal e organizacional depende de uma atuação focada e com aprendizagem contínua. “Sabemos que investir em tempo para parar e analisar os negócios pode ser o diferencial para uma organização. Por isso decidimos reunir profissionais de diferentes áreas para auxiliar os empresários, ampliar conhecimento e network”, afirma.
Os consultores
Bárbara Marçal: Para a administradora de empresas e especialista em Gestão de Pessoas, o mercado exige que as empresas voltem seus olhares para as pessoas. Conforme Bárbara, a atenção e a preocupação com uma gestão mais humana reflete diretamente nos negócios. “É preciso olhar as competências, habilidades e atitudes individuais de cada colaborador. Quando as pessoas estão confortáveis e motivadas no ambiente de trabalho elas ganham em qualidade de vida e as empresas em rendimento e resultado”, analisa. Além de gestão pessoal, Bárbara orientou sobre recrutamento e seleção, remuneração, avaliação de desempenho, treinamento e outros programas internos.
Gilson Monteiro: Governança Corporativa, Gestão Familiar e Acordo Societário foram os assuntos abordados por Gilson Monteiro, diretor da PAAR Gestão Empresarial, durante o Pare e Pense. Especialista em Governança Corporativa e Gestão Financeira, Monteiro destacou processos de sucessão familiar nas empresas, os desafios de gestão e a dificuldade das pessoas em abrirem mão da função de líder. “É um tema bastante amplo e com desafios permanentes. É preciso muita disciplina para regular o relacionamento da família com o negócio sem comprometer resultados”.
Luís Fernando Rezende: Com ampla experiência em consultoria e assessoramento de Propriedade Intelectual, registro e proteção de marcas e patentes, Luis Fernando Rezende compartilhou seu conhecimento na área durante o Pare e Pense. O advogado e consultor jurídico da empresa Mário de Almeida ressaltou a importância e a necessidade do registro de marcas e patentes como forma de evitar riscos e priorizar a integridade da empresa. “As ideias e as tendências estão sempre mudando. O que não muda é ter sempre isso em segurança, por isso os empresários devem se preocupar em registrar suas marcas. Quem tem ideia de lançar sua marca também no mercado externo precisa estar atento às normas brasileiras e também no âmbito internacional”, observa.
Roberta Oselame: Gestão de Finanças Pessoais e os reflexos de uma boa saúde financeira para as empresas e seus colaboradores esteve em pauta durante a banca de Roberta Oselame. Formada em Administração de Empresas, pós-graduada em Gestão Empresarial, Roberta chamou atenção para as dificuldades que as pessoas têm na organização de seus orçamentos. Conforme a consultora de finanças pessoais, um funcionário totalmente endividado acaba contribuindo menos para a empresa. “A pessoa acaba ficando presa em dívidas e trabalha apenas para pagar suas contas. Quando existe planejamento financeiro o profissional encontra equilíbrio e trabalha melhor, consegue economizar e, como consequência, sua produtividade aumenta”.
Fonte: Exata Comunicação
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