Dez apenadas da Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves (PENEBG) produzem máscaras de proteção de TNT. Para o projeto inicial, três máquinas de costura foram doadas por uma empresária, por intermédio do Conselho da Comunidade, que disponibilizou tecidos, linhas, elásticos, dentre outros materiais para a confecção das máscaras.
A Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) e a Susepe também investiram em máquinas de costuras para a produção, que é de até mil unidades por semana , em média de 200 por dia.
Cabe destacar que não apenas quem recebe o equipamento de proteção individual é beneficiado. Também os que estão na linha de produção ganham oportunidade de inclusão social por meio da colaboração com a saúde pública, além de vantagem da remição de pena pelos serviços prestados (três dias trabalhados equivalem à redução de um dia da pena).
De acordo com a presidente do Conselho da Comunidade do Município, Regina Zanetti, as apenadas passaram por capacitação para manejar as máquinas, bem como receberam treinamento, com noções básicas de corte e costura.
“Elas estão orgulhosas em fazer parte dessa rede de solidariedade que foi instituída no município para o combate à pandemia da Covid-19”, acrescentou. Segundo ela, “Poder ajudar o próximo e poder ter uma oportunidade de aprender um novo ofício é gratificante, e o Conselho apoia toda e qualquer ação em prol do trabalho prisional”
Um lote das peças já foi entregue para a população; outro foi destinado para o uso e proteção dos servidores penitenciários.
Conforme o diretor da penitenciária, Volnei Zago, a ideia é confeccionar um produto de qualidade, o que inclui um processo final de esterilização, higiene e de acondicionamento adequado das máscaras
O dentista e técnico superior penitenciário André Michielin, responsável pela assepsia e desinfecção das máscaras, também auxilia nas questões de higiene e regras sanitárias no ambiente prisional.
“No último dia 24, na segunda fase do projeto, a PENEBG recebeu, da Seapen e da Susepe todos os insumos para a produção das máscaras de proteção conforme as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, informou Zago.
As máscaras são separadas em lotes de 20 peças. No fim do dia, a produção é contabilizada e depois enviada para o dentista trabalhar na higienização, após este processo, são embaladas, etiquetadas e lançadas no sistema pela assistente social, Jaqueline Vincensi, coordenadora do projeto.
“Valorizamos e reconhecemos todo o empenho das apenadas que integram a oficina. Estamos conseguindo desenvolver um trabalho no qual a pessoa privada de liberdade consegue se reconhecer enquanto sujeito e se sentir pertencente a um espaço”, acrescentou a assistente social. Parte da produção vai para a 7ª Delegacia Penitenciária Regional (7ª DPR), que repassa para outros estabelecimentos prisionais da região.
Fonte e foto: Seapen/Susepe
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