O governador do estado Eduardo Leite anunciou durante coletiva de imprensa no Palácio Piratini, na tarde desta quarta-feira, dia 15, a prorrogação da suspensão das atividades do comércio nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e da Serra Gaúcha. O novo decreto, que deve ser publicado nesta noite ou na manhã de quinta, prevê a restrição das atividades até o dia 30 de abril e é justificada pela alta incidência de casos de COVID-19 nas duas regiões.
“A medida não significa que não tenhamos uma saída. Justamente ao contrário. Estamos prorrogando a determinação para que possamos usar esse período para a construção da nova política de distanciamento controlado”, declarou o governador.
O prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, está em contato com os Prefeitos da Região Metropolitana, que inconformados com a decisão do Governo Estadual, buscam a flexibilização do Decreto. Pasin está em contato com o Gabinete do Governador.
No entanto, municípios que não integram as regiões metropolitanas da capital e da Serra poderão aliviar as vedações ao comércio. Caberá aos prefeitos fora das regiões de Caxias do Sul e de Porto Alegre determinar o que será liberado, desde que não infrinjam as regras estaduais, que justifiquem suas decisões em decretos municipais e observem os indicadores de contágio locais.
“Não sabemos como tudo vai andar. Estamos lidando com algo absolutamente novo, mas queremos andar juntos com a sociedade gaúcha. Não sabemos qual vai ser o comportamento do vírus, mas o comportamento do governo do Estado vai ser sempre o da transparência, da retaguarda devida dos profissionais da saúde e do foco permanente em cuidar das pessoas, antes de mais nada e acima de tudo”, iniciou destacando o governador.
Conforme Leite, as restrições poderão ser revogadas antes do fim do mês caso todos os dados necessários e as respectivas análises sejam concluídos. Uma das informações que o Estado ainda aguarda é o nível de ocupação de leitos georreferenciada. Dos 300 hospitais gaúchos, 36 ainda não informaram seus dados no sistema criado pelo governo.
Somente com a consolidação e atualização diária desses dados o RS poderá migrar do atual modelo de restrição de circulação de pessoas e serviços – implementado por meio de decreto de 1º de abril – para uma nova política de enfrentamento ao coronavírus, chamada de distanciamento social controlado.
“Esse novo modelo servirá de padrão para a gestão de risco da epidemia. Vamos monitorar constantemente o nosso sistema de saúde, a velocidade de contágio, o número de testes, o número de internações, a taxa de mortalidade e a capacidade e ocupação de leitos, assim como a situação econômica e a nossa capacidade de absorção e reação dos impactos nos diferentes setores e serviços. Só assim vamos tomar as decisões sobre os próximos passos na saúde e na economia do RS”, esclareceu Leite.
Essa nova política está sendo estruturada em duas frentes: uma matriz de orientações para a população e um protocolo de abertura aos diversos setores, que vai responder ao avanço do coronavírus no Estado e à evolução da economia gaúcha.
“Um vírus que pode atingir cada um indistintamente só pode ser vencido por todos juntos. O vírus vai testar nossa imunidade, nossa resistência, nosso sistema de saúde e nossa economia, mas confio que vamos passar no teste, porque somos 11 milhões contra um. E tudo que foi feito e o que será feito daqui pra frente é priorizando a vida dos gaúchos e de cada um que escolheu esse Estado para viver”, concluiu Leite.
Fazem parte da Região Metropolitana da Serra Gaúcha os municípios de:
- Antônio Prado
- Bento Gonçalves
- Carlos Barbosa
- Caxias do Sul
- Farroupilha
- Flores da Cunha
- Garibaldi
- Ipê
- Monte Belo do Sul
- Nova Pádua
- Pinto Bandeira
- Santa Tereza
- São Marcos
Fonte: Central de Jornalismo Difusora/Palácio Piratini
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