Moradores do bairro Progresso em Bento Gonçalves, seguem sofrendo com a mortandade de peixes e com o mau cheiro, que vem do Lago Fasolo. Na manhã do último di 17 de março a reportagem da Rádio Difusora esteve no local e constatou a situação.
Nesta terça-feira, dia 24, o morador Tiago de Paula enviou um desabafo, com relação a situação vivida naquele local. Confira o depoimento na íntegra:
“Seguinte, eu tenho uma doença neuromuscular degenerativa, chamada, Síndrome Mistenica Congênita. Tenho ela desde que nasci, tenho fraqueza muscular extrema, não consigo caminhar 15 metros, dentro de casa ainda consigo me virar, consigo caminhar devagar, mas logo sentar, consigo ir até fora de casa, caminhar um pouquinho.
Com isso, eu fico em casa sempre, quase nunca saio de casa, mais pra ir ao médico, exames e testes, não temos carro, pra poder dar um passeio de vez enquando. Devido a doença, tenho a respiração pesada, minha voz é fraca, tenho disfonia. Com isso, sempre me comuniquei melhor na escrita, sempre escrevendo, pois gosto bastante.
Mas se quiser, pode ler na rádio um trecho do que escrevi no facebook.
Meu pai Antônio, mora aqui perto da lagoa há muitos anos, mais de 50, ele ama esse lugar, ele cuida como pode, já pegou 2 vezes leptospirose entrando na agua pra retirar sujeira, pra tentar manter limpo como podia, mas hoje ele esta com 72 anos, o sonho dele é ver o lago limpo, pois quando eu era criança, o lago era mais limpo, e foi aqui nesse lago, que ele me ensinou a pescar”.
Não é a primeira vez que a mortandade de peixes é registrada no local. Um dos motivos conforme ocorrências policiais registradas nos últimos anos, seria o lançamento de efluentes provenientes de esgoto sem tratamento. Segundo o próprio secretário do Meio Ambiente de Bento, Cláudio Dias, após o último caso de mortandade de peixes havia sido realizado uma limpeza no lago, com o apoio do bote do Corpo de Bombeiros. Ele afirmou também que moradores acabam depositando lixo e outros descartes no local.
Conforme a Associação Riograndense de Proteção ao Meio Ambiente e ao Animais (ARPA), existe um acordo entre Prefeitura de Bento Gonçalves, empresa privada, Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN) e Ministério Público para tratamento do local desde 2013. Na época o Ministério Público definiu que a Corsan daria prosseguimento ao serviço. Apesar de o espaço ser da iniciativa privada é dever da companhia, conforme acordo, a canalização do esgoto das residências próximas, para evitar o despejo de efluentes no local.
Fonte: Central de Jornalismo Difusora
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