Apesar da queda de 2,7% no número total de acidentes, em 2019 o órgão registrou mais acidentes graves nas BRs do país se comparado a 2018. Os números nortearão as ações educativas e fiscalizações temáticas no combate à violência no trânsito
O balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) quanto à violência no trânsito nas rodovias federais que cortam o país acende um sinal de alerta para a necessidade de mais prudência e educação por parte de todos. Em 2019, embora o órgão tenha registrado uma diminuição de 2,7% no total de acidentes, passando de 69.295 em 2018 para 67.427, mais acidentes graves foram atendidos.
São considerados graves aquelas ocorrências das quais resultaram ao menos em um ferido grave ou um morto. O total de acidentes graves apresentou um aumento de 4,13%. Em 2018, foram 17.520 casos e 18.244 no ano passado. 5.332 pessoas perderam a vida em acidentes nas rodovias federais. A estatística é 1,16% superior ao registrado em 2018, quando 5.271 pessoas morreram. O número de feridos saltou de 76.647 em 2018 para 79.051 em 2019.
O Distrito Federal (+39,13%), Roraima (+17,46%), Acre (+15,38%), Sergipe (+14,02%) e Paraíba (+11,60%) foram os que apresentaram os maiores aumentos no atendimento a acidentes graves no ano passado. Já no Amapá (-36%), Pará (-28,72%), Mato Grosso (-17,02%) as BRs apresentaram-se menos violentas em 2019. Confira o ranking abaixo.
De acordo com os dados da PRF, as rodovias brasileiras continuam sendo o principal modal de locomoção e transporte de cargas no país. Vários podem ser os fatores diretamente relacionados com a queda no número total e aumento no registro de acidentes graves em 2019. O crescimento no volume do tráfego pode ser um deles. No ano passado, o total de licenciamentos cresceu 8,63% em relação a 2018, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA.
A desobediência às normas de trânsito pelo condutor segue sendo um dos principais fatores de acidentes graves e apresentou significativo aumento em 2019. Foram 2.778 acidentes graves provocados por essa conduta, 13,20% a mais do que em 2018. Em seguida, também foi registrado crescimento da ingestão de álcool como causa de acidentes graves, 8,96% a mais que no ano anterior, totalizando 1.326 ocorrências. A falta de atenção à condução, principal causa de acidentes graves, também apresentou crescimento de 3,87%, resultando em 6.204 acidentes. Os números são verdadeiros alertas para motoristas, passageiros, pedestres e demais atores do trânsito de que é preciso ter mais prudência; sentir-se cada um protagonista na construção de um trânsito mais seguro.
Aspectos relacionados à infraestrutura, como pista escorregadia, restrição de visibilidade e sinalização da via insuficiente ou inadequada apresentaram redução de 8,54%, 7,07% e 3,3%, respectivamente. A velocidade incompatível como causa de acidentes graves nas rodovias federais do país também apresentou redução; foi 1,18% menor em relação ao ano anterior e caiu significativos 12% em relação aos acidentes totais quando comparados com os dados de 2018.
Os números apontados no balanço nortearão a PRF para os trabalhos educativos e fiscalizações temáticas no combate à violência no trânsito As ações preventivas de educação da PRF atingiram mais de 836 mil pessoas em todo Brasil em 2019. Ações em períodos de maior fluxo, como férias escolares e feriados prolongados; e também ações rotineiras com públicos específicos, como motoristas de caminhão e o público infanto-juvenil nas escolas por meio do Festival Estudantil Temático de Trânsito – FETRAN.
E prosseguindo com o foco na redução da violência no trânsito, a PRF intensificou as Fiscalizações Temáticas da Operação Rodovida 2019/2020. Entre os temas escolhidos estão entre aqueles mais comuns ligados às modalidades que impactam a segurança viária: acidentes com veículos de carga têm, geralmente, consequências muito mais severas, sobretudo quando envolvidos com veículos de passeio. Quanto à fiscalização de motocicletas, em uma única ação nacional simultânea, 250 condutores foram flagrados sem capacete ou transportando passageiros sem este equipamento de segurança em um período de 10 horas.
Já na operação nacional de combate à embriaguez, foram quase 900 autuações por constatação do consumo de álcool ou por recusa a fazer o teste do etilômetro. Quando o alvo das fiscalizações foi o uso de celular ao volante, 2.925 condutores foram flagrados falando ao celular ou manuseando o aparelho em um único dia. Com foco nas ultrapassagens irregulares, manobra que pode gerar a colisão frontal que é o tipo de acidente que mais fere gravemente e mata pessoas em rodovias do país. Além dessas, outras fiscalizações temáticas de grande relevância serão realizas até março durante a Operação Rodovida.
A proteção da vida no âmbito da PRF tem várias frentes, entre elas, contribuir para a diminuição de mortes no trânsito. Engajado no Programa da Organização das Nações Unidas – ONU, Década Mundial de Segurança Viária 2011/2020, o órgão também é parte fundamental no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS, no período de 2018-2022. O Projeto Nacional de Redução de Mortes, instituído pela PRF através da Portaria nº 194/2019/DG, de 04 de setembro de 2019 é parte deste compromisso com a vida.
Fonte: PRF
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