A repercussão na comunidade de Bento Gonçalves continua desde a última semana, quando o empresário do ramo de gastronomia, Camilo Geremia, foi alvejado e morto a tiros no bairro Aparecida, no último dia 18. Dois dias depois, no dia 20, sexta-feira, o suspeito de ter cometido o crime se apresentou até a Delegacia. O homem de 50 anos, prestou depoimento para as autoridades, entregou a arma utilizada na ação, até ser liberado para responder em liberdade, conforme divulgou a Rádio Difusora 890.
O delegado titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), Arthur Reguse, concedeu entrevista coletiva ainda naquela tarde.
A reportagem procurou as defesas das partes, da vítima e do autor dos disparos.
Confira abaixo as manifestações:
Álvaro Antônio Bof, advogado da família de Camilo Geremia
“O Camilo Geremia foi emboscado e executado de forma covarde, sem a mínima possibilidade de defesa. Tomou-se conhecimento que ele se apresentou na Delegacia para tentar evitar sua prisão. Ele apresentou a motivação uma acusação absurda contra a vítima, causou um dano irreparável a família do empresário e se não bastasse, está pretendendo manchar a honra da vítima. Isto agrava a conduta e faremos tudo para que ele pague pelo que fez. Geremia jamais teve envolvimento com qualquer ilicitude e o acusado ainda possui contra si ocorrências de crimes”, disse.
Angélica Zappas, advogada da família do acusado
“Ocorreu à apresentação espontânea de meu cliente onde ele prestou depoimento, confessou o delito e explicou a motivação. Ele justifica que foi registrada ocorrência contra Camilo Geremia em Garibaldi, dia 9 de dezembro, por um suposto delito com seu filho, menor de 14 anos. Meu cliente alega que registrou ocorrência em razão de um suposto crime. O menor passou por exame de corpo de delito e os fatos estão sendo apurados. Após tal registro, meu cliente afirma que passou a ser ameaçado por Camilo e no dia dos fatos viu Camilo indo até sua casa, sendo que este já havia ligado quatro vezes naquela manhã. Com isso ficou com medo, retornou para ver se estava indo lá e quando chegou encontrou estacionado. Afirma que viu sua família em risco, sentiu medo da situação e imaginou que pudesse acontecer algo com ele e sua família. Ele agiu em legítima defesa e sob domínio de violenta emoção, neste caso. Os casos estão sendo apurados, mas em princípio responderá em liberdade por ser primário e por ter residência fixa. Não existem fundamentos para prisão preventiva”, comentou.
O empresário foi cremado em Caxias do Sul na quinta-feira, dia 19. O velório aconteceu em Bento Gonçalves. No município são registrados 52 crimes contra a vida em 2019, o mesmo número que o ano de 2018.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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