O segundo dia de paralisação da Rede Estadual de Ensino registrou um ato de mobilização na Escola Dona Isabel, em Bento Gonçalves. Com a participação de professores, que ganharam apoio dos estudantes da instituição, além de outras Escolas da cidade. O protesto é realizado em todo o Rio Grande do Sul convocado pelo Cpers/Sindicato como forma de mostrar a contrariedade a chamada Reforma Estrutural proposta pelo governador Eduardo Leite, que influencia principalmente o plano de carreira dos trabalhadores.
A diretora da Escola Dona Isabel, Silvana Luiza Chiarello, lamentou o momento vivido e agradeceu o apoio dos alunos.
“É muito triste para toda a classe do magistério. Estamos vendo com preocupação este momento do estado pela desvalorização da escola pública. Estamos garantindo a Escola aberta para quem quiser dar aula, para receber pais, alunos e professores. Mas, queremos é que a educação mude para melhor”, destaca.
Um dos estudantes, André Luis Giordani, de 18 anos, que há dois está na Escola, denunciou a falta de estrutura no dia-a-dia como um dos desafios.
“A Escola Pública foi esquecida e quebrada. Temos a biblioteca fechada, quando chove temos que dividir a sala porque molha dentro, classes precárias. A gente nem merenda tem e muito menos um livro didático descente”, comentou.
A adesão do 12º núcleo do Cpers/Sindicato, que tem sede em Bento Gonçalves, registra incremento neste segundo dia, de acordo com levantamento da entidade.
“ O Governo conseguiu fazer com que a categoria se conscientizasse da maldade que é este pacote. Isto é o tiro final no magistério que já vem com cinco anos com salários parcelados e congelados”, desabafou Juçara Fátima Borges, diretora do núcleo.
O balanço das Escolas:
A paralisação é total ocorre no Colégio Estadual Bento Gonçalves da Silva, Escola Imaculada Conceição, Escola Luiz Fornasier e Mestre Santa Bárbara. De forma parcial aderiram o movimento a Escola José Farina, Colégio Bom Retiro, Dona Isabel, Ângelo Chiamolera, Cecília Meireles, Pedro Rosa, Egídio Fabris e Escola São Valentim.
A Escola General Amaro Bittencourt paralisa a partir desta quarta-feira. Até esta manhã as demais instituições estão ainda por decidir a adesão.
Em pelo menos outras sete cidades da área de abrangência do 12º núcleo do Cpers/Sindicato as paralisações também acontecem (parcial ou total). São os casos de Nova Bassano, Veranópolis, Protásio Alves, São Jorge, Garibaldi, Carlos Barbosa e Monte Belo do Sul.
Para os professores, o pacote do Piratini gera impactos como o fim dos adicionais por tempo de serviço e o corte da incorporação de gratificações na aposentadoria. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) orienta, mesmo assim, que os alunos compareçam às escolas.
O pacote necessita ainda passar por aprovação na Assembleia Legislativa do RS, e inicialmente previa uma economia de R$ R$ 26,4 bilhões (em valores revistos pela equipe econômica do governo) para os próximos 10 anos. Com as alterações no texto, o impacto previsto foi reduzido para R$ 25,4 bilhões na próxima década.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
Fotos: Rádio Difusora
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