Outubro registrou nova queda na margem do percentual de famílias gaúchas endividadas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Fecomércio-RS, nesta quinta-feira (31/10). O resultado do estudo apurou que 68,3% das famílias entrevistadas estavam endividadas entre 600 famílias que compõem a amostra. No entanto, em comparação com o mesmo período de 2018, quando o índice era de 63,2%, houve avanço.
Apesar da queda na margem do percentual de endividados, os dados da PEIC-RS mostram que a situação de inadimplência dos gaúchos manteve trajetória de alta: com a oitava elevação mensal consecutiva, o percentual de famílias com contas atrasadas atingiu 27%, e o percentual das famílias em situação de persistência da inadimplência, ou seja, sem perspectiva de pagar nenhuma conta em 30 dias, chegou a 12%, após o sétimo mês de elevação. Ambos indicadores registraram avanço em relação ao mesmo período do ano anterior, quando marcam, respectivamente, 18,9% e 5,1%.
Na comparação interanual, além de menos famílias em situação de inadimplência e persistência da inadimplência, o cenário era composto por um menor endividamento. E a percepção em relação ao nível de endividamento também era diferente: enquanto em outubro do ano passado 7,2% das famílias se consideravam muito endividadas e 20,9% se consideravam pouco endividadas, o resultado deste mês registrou, respectivamente, 17,5% e 31,1%. “Ao mesmo tempo em que uma parte das famílias, após a crise, parece ter adotado um comportamento mais moderado e cuidadoso com as dívidas, os dados têm indicado que outra parte delas voltaram a se endividar de uma forma menos planejada. A falta de planejamento em famílias com orçamentos apertados pode levar a uma situação de inadimplência quando gastos imprevistos acontecem ou há uma redução não planejada da renda.”, comentou o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.
Em termos de tipo de dívida, o cartão de crédito permanece como principal meio de dívida (72,9%), seguido por carnês (29,7%), financiamento de casa (14,3%) e financiamento de carro (12,7%). Os dados da pesquisa também mostram que a parcela da renda comprometida foi de 29,6%, com pequeno avanço ante setembro (29,4%), enquanto o tempo de comprometimento com dívidas foi de 6,2 meses, ante 6,4 meses no mês anterior. Em outubro do ano passado, o período indicado era de 4,9 meses.
Para as famílias com contas atrasadas, o tempo médio de atraso teve alta, de 63,9 dias em setembro para 65 dias em outubro, com o aumento do percentual de famílias que indicaram atraso superior a 90 dias, passando de 43% para 45%. “O endividamento sustentável é bom para o Comércio, pois permite que as pessoas expandam seu consumo. No cenário atual, muitas famílias se encontram em ocupações informais no mercado do trabalho, o que acaba refletindo em rendimentos mais instáveis, deixando as famílias mais suscetíveis à inadimplência”, completou o presidente Bohn.
Veja aqui a Análise Econômica da PEIC.
Fonte: Fecomércio-RS
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