Seminário esclarece tópicos da produção de morango na Serra

O 1º Seminário Regional de Cultivo de Morangueiro da Serra Gaúcha, realizado nesta quinta-feira (24/10), em Gramado, reuniu cerca de 250 agricultores de 30 municípios. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar, com apoio da Prefeitura e da Embrapa. A abertura teve o pronunciamento da gerente regional da Emater/RS-Ascar, Sandra Dalmina, do prefeito de Gramado, João Alfredo Bertolucci, da coordenadora regional da Seapdr, Lucimar Rodrigues, e da agricultora Leila Trentin.

Conforme o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Todeschini, na última década o cultivo de morango em substrato se expandiu na região da Serra e no Estado, uma vez que o cultivo no solo estava se esgotando nas regiões produtoras. Essa mudança ocorreu pela ação da Emater/RS-Ascar, que desmistificou e simplificou o manejo da fertirrigação, sistema que era complexo e de difícil entendimento. “O cultivo em substrato praticamente dobrou a produtividade se comparada com a produção no solo, além de ter outras vantagens como não necessitar mais de solo e de implementos e máquinas agrícolas e, principalmente, a questão da ergonomia, pois o trabalho é executado em pé, sem forçar as articulações”, ressalta.

A região da Serra concentra 50% do cultivo e produção de morango do Estado. Dos 49 municípios assistidos pela Emater/RS-Ascar na região, apenas seis não produzem a fruta. Na Serra Gaúcha são cultivados em torno de 20 milhões de mudas, com uma produção anual de aproximadamente 15 milhões de quilos. Atualmente, 96% desse cultivo é em substrato, com tendência de chegar a 100% nos próximos anos. Contudo, Todeschini demostra preocupação com o mercado. “A cada ano a oferta vem aumentando, já havendo pontos de saturação e impactando, em alguns locais, na cotação da fruta”, diz o agrônomo.

Esse panorama da cultura no RS foi apresentado no seminário durante a manhã, juntamente com palestras sobre manejo nutricional do morangueiro com foco em fitossanidade e pragas e seus inimigos naturais em morangueiro: identificação e manejo. À tarde, na propriedade dos agricultores Claudir e Azilse Perosa, na Linha Campestre do Tigre, ocorreram estações sobre monitoramento prático de pragas, polinização com abelhas sem ferrão, controle físico de pragas, ambiência na produção de morangos e janela de produção com atuais opções de mudas.

 

Fonte: Emater

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