O preocupante cenário de estagnação econômica, agravado pelo crescente fechamento de postos de trabalho, acendeu o sinal de alerta em diversos setores produtivos – especialmente no metalúrgico, um dos mais impactados pela retração. Mobilizados em busca de alternativas para revertes essa situação, líderes do segmento estão realizando uma força-tarefa de reuniões junto às autoridades políticas com o objetivo de encontrar caminhos para a retomada da competitividade industrial.
Na tarde de 25 de agosto, foi a vez de o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, conhecer as propostas do Plano de Renovação de Frota para gerar novos postos de trabalho. O projeto foi apresentado pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, acompanhado pelo sindicalista e presidente do PMDB-BG, Elvio de Lima, pelo deputado estadual Álvaro Boessio e pelo presidente em exercício da Força Sindical RS, Marcelo Magu.
“Estamos passando por uma das mais graves crises econômicas da história do país e precisamos urgentemente encontrar alternativas para socorrer as indústrias, geradoras de renda e, principalmente, empregos. Se insistir na manutenção de uma política que valoriza somente o sistema financeiro, causando mais inflação, juros altos e desconfiança, o Brasil não terá condições de superar a recessão”, avalia Miguel Torres.
O Plano Nacional de Renovação Veicular dos automóveis, ônibus, motocicletas, caminhões e tratores é uma proposta aprovada durante o Seminário do Setor Metalúrgico da CNTM em novembro de 2015, defendido como gesto concreto pró-retomada do desenvolvimento e geração de postos de trabalho. Replicando um modelo de gestão bem-sucedido em outros países, visa a estimular a compra de veículos novos e criar, a médio e longo prazo, cerca de três milhões de postos de trabalho
“Um emprego criado em uma montadora pode abrir outros 18 em toda a cadeia produtiva, desde a extração do minério até autopeças e reciclagem. A proposta é acabar com os estoques encalhados nas montadoras, por meio da criação de um fundo, com apoio dos municípios, estados e governo federal, que permita o abatimento do preço a quem trocar de veículo”, explica Torres.
Outra vantagem é a eficiência energética e a economia de combustível, já que modelos mais novos gastam menos e poluem menos. A frota nacional tem 90 milhões de veículos – muitos dos quais em condições ultrapassadas de circulação. O programa incentivará, também, a redução de poluentes, sendo oportunidade para o Brasil investir nas políticas de desenvolvimento sustentável.
A agenda da audiência, realizada no Palácio Piratini, em Porto Alegre, também discutiu as perdas salariais no setor e as perspectivas de investimentos na indústria diante da atual conjuntura política.
Fonte: Exata Comunicação
PF cumpre em Sergipe mandados contra suspeitos de fraude no INSS
Pix Automático beneficiará 60 milhões de pessoas sem cartão de crédito
Nota eletrônica será obrigatória para produtores rurais com receita bruta superior a R$ 360 mil a partir de julho