Há quatro anos, o Sindilojas Regional Bento vem atuando fortemente no combate à informalidade com ações de conscientização junto a crianças e adolescentes da rede pública de ensino em Bento Gonçalves. Na segunda-feira, 1º de outubro, foi a vez de 800 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Borges Frota, no bairro Zatt, assistir a palestra “Comércio informal: Que bicho é esse?”. Eles também receberam cartilhas com informações sobre o assunto.
O trabalho, liderado pelo presidente do Sindilojas Regional Bento, Daniel Amadio, também coordenador da Comissão de Combate à Informalidade junto a Fecomércio-RS, entidade que atua como vice-presidente, tem a participação da Secretaria Municipal de Educação. Para Amadio, é fundamental tratar do assunto ainda na infância. “As crianças são conscientes e levam para casa o assunto, envolvendo pais e familiares. Assim, conseguimos entrar nos lares, disseminando o tema que muitas vezes passa desapercebido. As pessoas não se dão conta que os prejuízos vão muito além de questões legais ou da queda na arrecadação. Toda pessoa que adquire um produto falsificado e contrabandeado está alimentando a violência no Brasil. Isso porque grande parte desses produtos chegam pelas mãos de traficantes de armas, drogas e até de pessoas, utilizando rotas e mecanismos similares”, destaca.
A campanha, apresentada para autoridades e imprensa na tarde desta segunda-feira, 25 de março, na sede do Sindilojas Regional Bento, tem o propósito de chamar a atenção da comunidade – tanto lojistas quanto consumidores – para os bastidores de uma realidade cruel e conivente com a violência e que muitas vezes passam despercebidos. “As vezes precisamos impactar para sermos ouvidos e foi isso que fizemos. A identidade visual da campanha que estará circulando na cidade e região, traz imagens duras que refletem o crime. Esperamos que nossa mensagem seja entendida e que possamos conscientizar as pessoas e transformar a sociedade num ambiente melhor para todos”, ressaltou.
A cartilha entregue aos estudantes traz uma linguagem fácil de ser compreendida pelas crianças, com ilustrações coloridas em quadrinhos. O grupo estará dando continuidade ao trabalho em 2020, envolvendo outras escolas e crianças da cidade. O mesmo ocorre em outros municípios gaúchos.
A coordenadora do Procon, Karen Bataglia, disse que o Procon ajuda na proteção e defesa do consumidor. “Quando o produto vem da informalidade nós, do Procon, não temos como amparar os prejuízos que ele pode causar ao consumidor. É preciso sempre pedir nota fiscal. E esse bate-papo com as crianças sempre tem um feedback positivo porque elas levam essa discussão à família, disseminando essas informações em prol de um comércio saudável”.
A secretária de Educação, Iraci Luchese Vasques, salientou que essa ação “é importante para orientar e conscientizar os alunos, porque, certamente, eles serão multiplicadores, nas suas famílias e amigos, da responsabilidade de combater a informalidade, que é um mal para o desenvolvimento da comunidade”.
Dados oficiais
De um total de R$ 1,17 tri que a economia subterrânea movimenta no Brasil, 6% é no Rio Grande do Sul, o equivalente a R$ 76,48 bi. Este desempenho reflete o período de 12 meses que vai de junho de 2017 a junho de 2018. No mesmo intervalo, porém no ano anterior (2016 a 2017), esta soma era menor, tanto no Brasil com R$ 983 bi e no estado com R$ 52,7. Este aumento preocupa a Comissão de Combate à Ilegalidade da Fecomércio-RS, que através de Amadio segue realizando este tipo de ação e motivando as lideranças locais a buscar mais arrecadação para seus orçamentos e, com isso, combater a informalidade.
Fonte: Conceitocom Brasil
Fotos: Divulgação Prefeitura BG
Em Pequim, RS Day reforça parcerias estratégicas do Rio Grande do Sul com a China
Segundou de Oportunidades: CIEE-RS inicia a semana com mais de 3,8 mil vagas de estágio e bolsas de até R$ 1,8 mil
Dom José Gislon – Um Rei fiel e servidor