Agosto registrou aumento no percentual de famílias endividadas (71,3%) em comparação ao mesmo período do ano anterior (67,4%), de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Fecomércio-RS na quinta-feira (19/09). Frente ao mês anterior o percentual houve queda (em ju/19, o percentual era de 72,9%). O aumento do percentual de famílias endividadas também pode ser visto no período de 12 meses, quando a média foi de 65,9% em julho para 66,2% em agosto. A PEIC pode ser acessada aqui.
Em relação à percepção do nível de endividamento, o percentual que se considera muito endividado atingiu 18,0% ante a 15,5% no mês anterior e 9,8% em agosto de 2018. Observando por grupo de rendimento, 19,9% dos que têm renda familiar de até 10 salários mínimos se consideram muito endividadas, enquanto no grupo com mais de 10 salários, 10,2% se consideraram com alto endividamento.
A parcela da renda comprometida com dívidas em agosto foi de 29,1%, levemente inferior à média em doze meses (29,5%). Já o tempo de comprometimento está em 6 meses, superior à média dos últimos 12 meses. O cartão de crédito permanece como principal meio de dívida (76,4%), seguido por carnês (35,9%), crédito pessoal (15,5%) e financiamento habitacional (13,7%).
O estudo aponta, ainda, que 25,5% das famílias gaúchas estão com dívidas em aberto, o que representou um aumento frente ao mesmo período do ano anterior (19,8%). Por fim, foi observado avanço, pelo quinto mês consecutivo na margem, no percentual de famílias que relataram não ter condições de quitar seus débitos pelos próximos 30 dias, passando de 9,0% para 10,2%. Em 2018, o indicador era de 3,9% – extraordinariamente baixo para o período. Apesar do avanço, o indicador segue inferior ao maior valor da série (15,9%), registrado em outubro de 2016.
A alta do percentual de famílias com dívidas em atraso (25,5%) refletiu os resultados do grupo com rendimento de até 10 salários mínimos, que passou de 27,1% em ju/19 para 28,4% ago/19. Entre os núcleos familiares com rendimento superior a 10 salários, houve redução de 15,3% para 13,9% nos mesmos períodos. O tempo médio de atraso para o total das famílias pesquisadas também teve alta, de 62,0 para 63,4 dias.
“A possibilidade de saque das contas do FGTS pode ser uma oportunidade para a quitação total ou parcial da dívida de muitas pessoas. No entanto, a alta informalidade do mercado de trabalho continuará sendo um dos principais motivos para a dificuldade das famílias em manter os compromissos financeiros em dia devido a característica da menor regularidade dos prazos e valores das remunerações”, ressalta Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.
Embora a Selic esteja mais baixa, as taxas de juros de cartão de crédito rotativo e cheque especial se mantêm em níveis elevados. “Este cenário, aliado à instabilidade econômica e à informalidade do mercado de trabalho, contribui para o endividamento das famílias e a dificuldade em quitar seus débitos. Sem uma reação efetiva, os resultados não devem melhorar a curto prazo”, comenta Bohn.
Fonte: Fecomércio-RS
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