Um grupo de 25 agricultores de Barão participou nos dias 5 e 6 de uma capacitação em Qualidade do Leite. A atividade, realizada no Centro de Referência da Mulher Anna Leonida Vier, foi ministrada pelo coordenador do Centro de Formação de Agricultores de Teutônia (Certa), Maicon Berwanger. A qualificação é parte de uma série de ações que têm sido desenvolvidas com os bovinocultores do município desde o final do ano passado e que visa a qualificar e ampliar a produção de leite no local.
De lá para cá, temas como sanidade animal e criação correta das terneiras, entre outros, têm sido abordados por meio de palestras, cursos ou outras atividade. A ideia de levar o curso completo de Qualidade do Leite para o município, que normalmente ocorre nas dependências do Certa, partiu dos próprios agricultores, que estavam preocupados com as exigências relativas às instruções normativas Nº 76 e 77 que exigem, entre outras, uma Contagem Bacteriana Total (CBT) menor do que 300 mil Unidades Formadoras de Colônia por mililitro (UFC/Ml).
“Como havia uma grande turma para ser atendida no município, por questões de logística optou-se por trazer o curso para Barão”, explica Berwanger. Durante os dias de qualificação, em meio a atividades teóricas e práticas, foram abordados assuntos, como, manejo e prática da ordenha, equipamentos de ordenha e resfriador, higienização de equipamentos, fisiologia animal e ocorrência de mastite, entre outras. “Para além dos temas que auxiliam os produtores para a obtenção e manutenção da qualidade, a intenção maior foi a de sensibilizá-los”, salientou o instrutor.
Para a produtora Rejane Herpich Bondam, o curso tem servido para esclarecer dúvidas que, na prática do dia a dia, às vezes passam despercebidas. “Por exemplo, eu nunca tinha notado que existe uma forma correta de se colocar o equipamento (de ordenha)”, observa. Com oito vacas em lactação, produzindo cerca de 175 litros de leite por dia, a agricultora comemora o fato de já estar dentro dos índices sugeridos pela normativa. “No começo a gente leva um baque, mas pequenos cuidados, seja na higiene, na limpeza dos equipamentos, já ajudam muito”, comenta.
A opinião do jovem bovinocultor Arlei Fridericks, de Linha Camelo, vai ao encontro da de Rejane. “Não é apenas produzir um leite com mais qualidade, mas também receber a mais por isso”, ressalta, destacando o fato de a Cooperativa General Neto, de Barão, estar pagando R$ 1,45 por litro de leite. Isto desde que a família conseguiu baixar a CBT para apenas oito mil UFC/Ml e a Contagem de Células Somáticas (CCS) para 250 mil UFC/Ml, o máximo permitido, de acordo com a Normativa é 500 mil UFC/Ml.
Em Barão, atualmente, são 123 bovinocultores de leite, para um rebanho de cerca de dois mil animais que, juntos, produzem quase sete milhões de litros de leite por ano. “O que a gente percebe é que este número de produtores tem diminuído no município, mas aqueles que permanecem na atividade, investem nela e se qualificam, tem tido um bom retorno”, salienta o extensionista da Emater/RS-Ascar, Samoel Zerbielli. “E isto justifica o esforço em trazer essa atividade para cá”, completa outra extensionista da Emater/RS-Ascar, Márcia Bondam.
A atividade, organizada pela Emater/RS-Ascar, Prefeitura de Barão, por meio da Secretaria de Agricultura e Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), foi acompanhada pelo gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli, que valorizou o empenho das famílias em se qualificar na produção de leite, de forma sustentável, com geração de renda e promovendo a sucessão rural. O curso foi apoiado pelas cooperativas Piá, Santa Clara, Steffenon e a já citada General Neto.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional de Lajeado
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