Após a realização de um processo seletivo para definição dos novos coordenadores das 30 Coordenadorias Regionais de Educação do Rio Grande do Sul, e de uma semana de qualificação em Porto Alegre, o diretor do Colégio Estadual Visconde de Bom Retiro, Alexandre Misturini, que foi o escolhido para a função na 16ª CRE (16ª Coordenadoria Regional de Educação) com sede em Bento Gonçalves e abrangência em 25 municípios da região, assumiu efetivamente os trabalhos na coordenação, na segunda-feira, dia 9.
Ele recebeu a reportagem da Rádio Difusora e conversou sobre alguns temas importantes como os desafios na coordenadoria, a questão recursos humanos, investimentos nos educandários e também da experiência como gestor de escola.
“Os desafios são grandes, a rede estadual é grande, complexa, tem várias peculiaridades e os desafios tem por objetivo melhorar os índices de qualidade da educação, melhorar a aprendizagem dos alunos. Temos como uma das novidades, o programa Jovem RS, lançado recentemente, onde as escolas vão receber um selo de escola inovadora, de escola empreendedora, desenvolvendo uma cultura maker, “botando a mão na massa”. São novos tempos, aos moldes da educação 4.0. É um desafio também no sentido de gerenciar isso burocraticamente. Fazer com que essa cultura digital se amplie e o aluno tenha uma nova visão, que ele aprenda mais e que esse resultado se torne visível, fazendo com que o estudante tenha um atrativo e goste de ir para a escola, goste de aprender“, projeta.
Quando questionado sobre a falta de professores na rede estadual e como o governo tem trabalhado o tema, ele responde:
“Essa questão de recursos humanos no Estado sempre é algo crônico, há muitos anos, mas o atual governo já acenou como uma solução o não corte dos contratos, sendo que todos serão renovados ao fim do ano, sejam emergenciais ou temporários. Recentemente a Assembleia e o Governo do Estado aprovaram cinco mil matrículas, então todas as escolas serão supridas caso haja alguma necessidade. Também esta sendo elaborado um planejamento para o próximo ano, para que não tenham “buracos” com a falta de professor. Isso é muito positivo“, afirma.
Com relação a investimentos o coordenador afirma que não serão grande obras, mas o necessário, inclusive com inovações.
“Os investimentos serão basicamente reformas pontuais, manutenção predial, compra de material para esses espaços makeres e tudo que envolve a educação 4.0“, disse.
Para fechar o bate-papo, Misturini foi questionado de que forma a experiência como diretor do Colégio Estadual Visconde de Bom Retiro contribui no desenvolvimento do trabalho a frente da 16ª CRE.
“A experiência de ser um gestor de escola ajuda bastante na hora de gerir uma rede estadual bem grande com mais de 1.400 professores e com cerca de 20 mil alunos na região. É um desafio, mas ao mesmo tempo nos dá um suporte por conhecer a administração pública estadual. Facilita no sentido de fazer com que a gente consiga gerenciar da melhor forma, minimizar os problemas e fomentar o desenvolvimento. Quero dar uma contribuição grande no sentido de transformar a educação num processo onde as pessoas, de fato, tenham uma cidadania. Então acredito que essa experiência nos permite ajudar outras escolas também a desenvolver um bom trabalho, como foi realizado no Colégio Bom Retiro. É algo que serve de exemplo e inspiração para que eu possa mobilizar os meus colegas professores, diretores de escola, a mudar a nossa prática pedagógica e inovar, pois penso que o caminho da educação passa por esse processo de desacomodação e assim façamos com que o aluno vá para a escola e tenha prazer em aprender” , pontua.
Conceitos
Cultura Maker:
É uma extensão da cultura “Faça Você Mesmo”, que incentiva a produção prática e manual por parte de pessoas comuns, fazendo-as criar, consertar e modificar objetos, desenvolvendo projetos com suas próprias mãos.
O principal intuito em implementar a Cultura Maker nas escolas, é fazer do aluno o protagonista do seu desenvolvimento intelectual, por meio de atividades desafiadoras, estimulantes para a solução de problemas e que serão fundamentais para o futuro.
Educação 4.0:
Vem revolucionando o modo de pensar e se comportar das pessoas, além de como as coisas funcionam. Trata-se de uma revolução tecnológica que inclui, entre outras tecnologias, a Internet das Coisas.
Isso representa a conexão de itens usados no dia a dia por meio da rede mundial de computadores, automação, impressão 3D, inteligência artificial. Assim se ilustra a educação, que promete mudar a forma como os seres humanos absorvem conhecimento.
Airton Ferreira/Central de Jornalismo da Rádio Difusora
Evento alusivo a Semana Nacional de Trânsito vai reunir mais de 900 pessoas em caminhada no bairro São Roque
Identificado casal que morreu em grave acidente no trevo São José, em Carlos Barbosa
Encontro da Mulher Empreendedora conecta negócios, tecnologia e futuro