Na Eleição 2018 foram diversas as manifestações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) para combater um fenômeno que passava a ganhar força, as Fake News. Ou seja, refere-se a um termo em inglês que está associado diretamente a divulgação de informações falsas, principalmente nas redes sociais. O próprio Facebook teve de tirar do ar inúmeras postagens compartilhadas inverídicas – especialmente aquelas contra determinados candidatos ou partidos – que passavam a se espalhar.
Em encontro realizado em Caxias do Sul, na sexta-feira, dia 2, o TRE reforçou para chefes de cartórios eleitorais, promotores, representantes de partidos políticos e imprensa, o tamanho desta preocupação.
A desembargadora Marilene Bonzanini, presidente do órgão lembrou que a propagação deliberada ou involuntária da desinformação por meio das fake news, colocou dúvidas na população sobre o processo eleitoral, que foram constantemente esclarecidas com agilidade e prudência, pela Justiça Eleitoral.
“A legislação penal já tem a previsão da falsidade da divulgação das informações. A Justiça Eleitoral trabalha com a informação e queremos esclarecer previamente a confiabilidade das Eleições”, destacou Bonzanini.
O servidor Alexandre Basílio, da Escola Judiciária Eleitoral do Rio Grande do Sul (EJERS), comenta que “assim como é difícil de controlarmos as nossas fronteiras, o controle de Fake News seria exatamente assim. A única forma é educar a população para a cidadania”, mencionou.
Ele mencionou um exemplo do funcionamento das urnas eletrônicas que foi questionado por muitos. Trouxe o dado que 115 mil eleitores votaram o número 17 no campo de governador, quando este número não concorria para esta função.
O chefe do cartório eleitoral de Bento Gonçalves, 8ª ZE, Ricardo Abreu, disse que “se o eleitor é bombardeado com notícias falsas, que convence o eleitor e ainda fica na dúvida. Isto gera um efeito cascata, que torna o trabalho mais dificultoso”, destacou.
No pleito do ano passado por exemplo, conforme Resolução que disciplinava a propaganda eleitoral, aqueles que divulgassem “fatos sabidamente inverídicos” sobre os candidatos estava sujeito a ser obrigado a retirar o conteúdo do ar, mediante decisão judicial.
Simpósio Fake News
A Faculdade Cenecista em parceria com a Câmara Municipal promove um Simpósio para discutir sobre o fenômeno das Fake News e suas implicações na sociedade. O evento está marcado para esta terça-feira, dia 6, a partir das 19h30min, no auditório da Faculdade.
O presidente do Legislativo, vereador Rafael Pasqualotto (PP), destacou que “diariamente pessoas tem sido enganadas em sites de compra, caindo em golpes de locação na casa da praia, bandidos cometendo crimes, enfim, estamos falando de uma nova fórmula de relacionamento”, apontou, fazendo o alerta da necessidade do debate.
A Câmara aliás, tem em tramitação a CPI das Fake News, que está averiguando a utilização de gabinete parlamentar para propagação de notícias falsas com a estrutura da Casa. Comunicadores, profissionais e professores de comunicação social e direito foram convidados para debater o tema.
O evento terá mediação de Babiana Mugnol, jornalista, apresentadora e coordenadora de Jornalismo da Rádio Gaúcha Serra, com 12 anos de atuação no Grupo RBS. E contará também com Felipe Machado, jornalista e radialista da Rádio Difusora 890 AM, com Pós-Graduação em Docência concluída em 2019 com o trabalho final “O Fenômeno Fake News na Educação”.
Aberto ao público, o Simpósio será transmitido ao vivo pelo canal da TV Câmara Bento no Facebook. O ingresso será 1kg de alimento não-perecível, que será destinado à Ação Social São Roque, de Bento Gonçalves.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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