Assessores que denunciaram vereador de Bento são exonerados

Os então assessores do gabinete do vereador Moacir Camerini (PDT), na Câmara Municipal de Bento Gonçalves, foram exonerados. O desligamento foi confirmado no dia 30 de abril, segundo informou para Rádio Difusora, o agora ex-chefe de gabinete, Dênis Oliveira. Ele participou de entrevista na emissora e falou como representante também do ex-assessor parlamentar, Jorge de Mattos, outro que deixou a função.

Eles relataram que procuraram o Ministério Público do Trabalho em Caxias do Sul protocolando através de um documento informações de um episódio que teria começado dia 7 de abril, quando estavam em compromissos familiares e não conseguiram atender telefonemas.

“No dia 8 fomos impedidos de entrar na Câmara e ainda foram retirados os nossos crachás e chave do gabinete. O vereador mandou voltar na próxima semana”, disse Dênis.

O ofício relata ainda que Camerini teria registrado ocorrência acusando seus assessores e denunciantes, de terem trocado as senhas de seu site e email.

“Isso não é verdade. São anos trabalhando em finais de semana, feriados, fora de horário. A gente quer que o Ministério Público faça justiça com o que está acontecendo e que o vereador aprenda a tratar bem as pessoas”, afirmou ainda Dênis.

O repórter Nei Vignatti, da Rádio Difusora, procurou o vereador Moacir Camerini (PDT) oportunizando uma manifestação sobre o episódio. Ele limitou-se em informar que sobre o “caso dos assessores demitidos já estão sendo tomadas todas medidas judiciais cabíveis”.

A produção ainda contatou o advogado Alceu Medeiros, que geralmente representa o parlamentar juridicamente, mas, em virtude de uma situação de saúde, não está acompanhando este caso.

A Difusora apurou que o MPT remeteu para o Ministério Público (MP-RS) de Bento Gonçalves, entretanto, na Promotoria local ainda não foi recebida qualquer documentação.

Juntamente com outro ex-assessor, que deixou o gabinete do vereador há mais de 2 meses, Jorge Bronzato, o grupo pretende anexar outros elementos e denúncias contra o parlamentar.

Além deste fato, foi protocolado nesta segunda-feira o Projeto de Resolução 05/2019, via Comissão de Ética, que suspende de forma temporária o exercício do mandato do vereador pelo prazo de 30 dias. O motivo é o Processo Ético Disciplinar nº 12/2019. Assim, está habilitado para entrar na pauta da próxima sessão ordinária, na segunda-feira, dia 13. Para ser aprovado é necessária maioria simples, ou seja, nove votos.

 

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora

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