Fiergs espera incremento na economia e investimentos para 2019

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), apresentou o balanço de 2018 e as perspectivas para 2019. O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, destacou questões relacionadas à economia brasileira e gaúcha e manifestou otimismo com as projeções econômicas para o próximo ano.

“Nós esperamos que a economia dê uma melhorada em cima do ânimo das pessoas que estão aí, ou seja, investidores que estavam pensando se investiriam ou não, em função da situação que a economia vinha, entendem que tem uma melhora no cenário nacional, uma perspectiva, e com isso começam a dar sinais de que farão investimentos. Se isto houver, obviamente que a economia decola”, disse.

Gilberto acredita que o Rio Grande do Sul precisa melhorar muito: ” O estado tem que melhorar bastante, tem que diminuir suas despesas e tem que criar algumas concessões, do tipo as outorgas que a Nação faz e que arrecada valores, os leilões de aeroportos que tem, as concessões para fazer estradas que o governo arrecada. Tem que criar alguma coisa nova nesse sentido, que faça com que entre caixa. Não se pode só trabalhar em cima dessa administração da folha, que é traumática, pra ele (governo) e pra quem recebe”, opina.

Ele defendeu a aprovação das reformas para o país ter recursos para os investimentos necessários. “As reformas são fundamentais. O dinheiro da nação não pode ser todo consumido pagando aposentado e folhas ou coisa desse tipo. Tem que sobrar dinheiro para fazer os investimentos que as novas gerações demandam”, ressalta.

Segundo o presidente, os empresários querem garantias de que o aumento do ICMS não passará de dois anos. “Nós queremos saber que iniciativas o novo governador terá. Nós queremos garantia que ao final de dois anos voltará. Uma perspectiva de que isso vai melhorar”, argumenta.

Petry ainda defendeu maior pragmatismo na realização dos negócios. “Aqui não tem essa questão ideológica. Esse tipo de briguinha tem que acabar. O Brasil tem que entrar numa linha de negociar com todos, independente da ideologia que pratique. Querem nos comprar, estamos aí pra vender, não precisamos jantar com eles, só queremos vender”, pontua.

Todos os elementos do cenário nacional igualmente compuseram a conjuntura do Rio Grande do Sul em 2018. A estimativa de crescimento de 1,1% no Estado fica abaixo do projetado ao final do ano passado (1,4%). Em solo gaúcho, foi observada uma queda mais intensa da produção do setor primário (-2,5%) em relação ao total do Brasil (-0,5%). Por outro lado, o avanço na indústria foi maior (2%).

De acordo com a Fiergs, a crise fiscal se agravou no final do ano e as medidas necessárias para a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal não foram concretizadas, o que eleva o grau de incerteza para 2019. Entre os anos de 2014 e 2016, a produção no Brasil caiu 16,7% e no Estado recuou 18,5%. Assim, os crescimentos de 2017 e 2018 somados não chegam a um terço da queda acumulada.

(Fonte: Airton Ferreira/Rádio Difusora com dados da Fiergs)

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