De acordo com levantamento feito pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS), as escolas privadas devem reajustar as mensalidades em 6,7%, em média, em 2019. A pesquisa foi realizada com 137 instituições de Educação Básica (46% do total de associadas) em todo o Estado entre 22 de outubro e 14 de novembro. Na Educação Superior, o reajuste médio será de 4%, segundo informações de nove instituições (22% das associadas).
O aumento percentual médio nos custos das instituições de Educação Básica em 2018 foi de 8,9% e para 2019 a previsão é de 7,9%. Isso significa que, no cálculo do reajuste, as escolas estão descartando a possibilidade de repassar integralmente essa alta para as mensalidades.
Conforme o presidente do SINEPE/RS, Bruno Eizerik, essa também foi a realidade do ano passado – quando as escolas previam aumento de custos de 8,2% e alta de 7,5% nas mensalidades. “A escola faz a sua planilha de custos, mas também olha para a sociedade. Melhorias nos processos internos, no gerenciamento e o controle de investimentos são alguns dos meios usados pelas instituições para fazer mais com menos”, alega. O presidente complementa que a definição de reajuste leva em consideração uma série de fatores, como a planilha de custos (que envolve os custos com pessoal, infraestrutura, tributos, serviços públicos, entre outros), além dos investimentos realizados na instituição, a situação socioeconômica das famílias, por isso há variação de escola para escola.
Em 2018, a alta nos custos foi 0,7 ponto percentual maior que o esperado: 8,9%, no lugar dos 8,2% previstos. Pelo menos 48% das instituições tiveram aumento dos custos além do que previram no final de 2017. “Há gastos passíveis de controle, outros não. A luz é um exemplo, com altas de preço muitas vezes maior do que o previsto no orçamento”, afirma o presidente do SINPE/RS.
Os custos com o pessoal foram, pelo segundo ano consecutivo da pesquisa, o principal fator na composição da mensalidade, seguido dos gastos com infraestrutura e contas públicas, como água e luz. “Além da alta dos nossos custos, via de regra maiores que a média da inflação, ano após ano somam-se gastos que a escola privada não tinha, como adequação de PPCI e aumento de estrutura e contratação de pessoal para atender a demanda crescente de alunos com deficiência”.
No entanto, Bruno ressalta que, mesmo num cenário de crise, a previsão para o próximo ano é de alta de 4,3% no número de alunos.
No Ensino Superior, o aumento médio nos custos em 2018 foi de 10,2%, e a previsão de aumento de custos para 2019 é de 9,3%. Para 66,7% das instituições, o aumento nos custos em 2018 foi maior do que a previsão feita no final de 2017. Da mesma forma que a Educação Básica, esses percentuais não serão refletidos no reajuste médio nas mensalidades de 2019, já que o aumento médio previsto é de 4%.
Fonte: Sinepe
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